“Não tivemos nenhum benefício dado pelas autoridades na aquisição do banif”, garantiu o gestor na apresentação de resultados anuais do banco, que atingiu um lucro de 291 milhões de euros.
Vieira Monteiro afirmou que o banco entrou num “processo competitivo” para a aquisição do banco e que, depois da apresentação da proposta de compra inicial, o Fundo de Resolução a indicar que teria de ser feita uma nova proposta, porque banco tinha sido alvo de uma medida de resolução".
“A proposta inicial era diferente da que foi feita. Mas a inicial era uma proposta sujeita a due dilligence, em que iríamos aprofundar o estudo da situação do banco e poderíamos sair do negócio. O que nos foi dito é que teria de ser uma nova proposta firme e que ficávamos com todos os riscos inerentes. O nosso risco foi muito maior”, disse Vieira Monteiro.
O presidente do Santander Totta indicou até que encontrou “situações” no Banif que não seriam atrativas numa compra sujeita a uma avaliação prévia dos ativos e passivos do banco pelo comprador. “Se soubéssemos que havia situações que não soubemos na altura, se calhar não tinha havido proposta”, afirmou.
Questionado persistentemente sobre estas questões problemáticas, Vieira Monteiro não se alongou mais: “Encontrámos situações a todos os níveis, na carteira de crédito e noutras. Na devida altura será explicitado”.