A verdade é que existem pequenos passos que o podem ajudar a ser mais activo e a ultrapassar um dos pecados mortais: a preguiça.
Cal Newport, Professor assistente na Universidade de Georgetown no curso de Informática, trabalha a tempo inteiro, escreve seis estudos por ano, já escreveu quatro livros (e vai a caminho do quinto), tem um blogue actualiza regularmente e é casado e tem um filho. No entanto, sai do trabalho todos os dias às 17h30 e recusa-se a trabalhar aos fins-de-semana.
Para o ajudar, Cal fez uma lista – que partilhou no site Barking Up The Wrong Tree – de cinco dicas que o podem ajudar a ser pró-activo e ultrapassar a preguiça do dia-a-dia.
1. Esqueça as listas: As listas das ‘coisas para fazer’ são inúteis. O melhor mesmo é agendar tudo e estabelecer horários. Porquê? “Faz com que tenha objectives mais realistas e permite-o planear de uma forma mais eficiente”, diz Cal. Se não tiver em conta o tempo que as coisas demoram a fazer, está já a preparar-se para o falhanço.
2. Fazer uma ‘programação invertida’: O truque é saber que sai às 18h00 e planear o seu dia a partir daí – tanto para a frente, como para trás. É preciso delinear bem um equilíbrio entre vida pessoal e laboral e controlar os horários para ‘encaixar’ o que é necessário fazer durante os mesmos. Ao impor um limite (a hora de saída do trabalho), sabe o que pode fazer antes e depois disso. Ao sentir que consegue controlar as suas tarefas e os seus horários, os níveis de stress descem e consegue ser mais pró-activo e arranjar tempo para – depois de fazer o que tem a fazer – relaxar.
3. Planos para a semana: Nunca deve olhar só para o dia de hoje, deixando o amanhã em aberto. O truque é planear a semana toda e não ficar reduzido a um só dia. Assim sabe que na quinta-feira tem um jantar de família, na segunda às 15h00 a sua filha tem natação e que no sábado é dia de ir jantar fora com o seu parceiro. Faça um plano escrito das coisas, para mais tarde não se esquecer do que tem de fazer. Nesses espaços sabe que pode relaxar (ou não) e já não há desculpas: Sabe que a estas horas não deve começar certas tarefas, podendo agendá-las para outra altura, mas que as pode programar para outras alturas da semana.
4. Faça poucas coisas, mas boas: Não pense que tem muitas coisas para fazer. Pense que tem poucas, mas que têm de ficar mesmo bem feitas. Assim já não custa tanto entrar em acção. Cada coisa mal feita é um falhanço, cada tarefa bem executada é uma vitória. Só esta ideia vai dar-lhe motivação para fazer as coisas mais importantes, podendo mais tarde descansar tranquilamente.
5. Mais concentração no que interessa: “Existe o trabalho superficial e o trabalho profundo. O superficial não requer o uso de talento, mas o profundo obriga a que puxe por si e pelas suas capacidades”, explica Cal. A verdade é que a maior parte de nós despende demasiado tempo no trabalho superficial (como o envio de e-mails e reuniões), quando devíamos focar-nos no profundo – é dele que vem a maior satisfação e a vontade de fazer mais.