De resto, não seria de avisar o CDS de que a coligação governamental caiu e acabou? Digo isto por ter visto um dirigente daquele partido defender ainda as políticas do anterior Governo. Seria por se sentir corresponsável pelas desgraçadas previsões e medidas do centrista Paulo Núncio nos Impostos que eram para devolver (mas afinal nem eram para devolver)?
Será que Rui Rio foi à TV falar do Banif, contra o Banco de Portugal e evidentemente o anterior Governo (embora tenha procurado manter-se explicitamente – que não implicitamente – contido nesta parte), porque já decidiu desafiar Passos Coelho no Congresso do PSD, e seguir Marcelo (de que foi secretário-geral) na renovação do partido dentro dos seus princípios de sempre?
E será possível, como se anuncia nos jornais, que Passos Coelho consiga varrer da memória colectiva a indiferença do seu Governo perante o eleitorado português (chamava até ‘eles’ aos contribuintes de que naturalmente se punha de fora), e consiga agora apresentar-se como um político do centro? Não seria curial, ao menos, o PSDmudar toda a direção ‘passista’, para virar credivelmente ao centro? Não seria realmente preferível colar-se o Partido ao seu militante e Presidente eleito?