Os acionistas do banco estão reunidos esta sexta-feira em assembleia-geral, no Porto, para discutir e votar o projeto de cisão que visa separar as operações em África, juntá-las numa nova empresa e dispersar o seu capital em bolsa.
O projeto apresentado pela equipa de gestão do banco é que fiquem numa unidade separada do BPI a participação de 50,1% no BFA – Banco de Fomento Angola, S.A e, em Moçambique, de 30% no Banco Comercial e de Investimentos e de 100% na BPI Moçambique — Sociedade de Investimento.
O objetivo desta solução apresentada pela administração da instituição financeira é cumprir as regras do Banco Central Europeu (BCE) que limitam os grandes riscos, com grande impacto relativamente à exposição do BPI a Angola.
O projeto de cisão, além da aprovação dos acionistas, precisa de autorizações – entre estas do BCE, confirmando que a cisão cumpre as regras relativas aos grandes riscos – de Banco de Portugal, Banco Nacional de Angola e Banco de Moçambique.
Precisa ainda do acordo da Caixa Geral de Depósitos devido ao moçambicano BCI, de que tanto BPI como CGD são donos, assim como acordo prévio da Unitel, devido ao acordo parassocial entre o BPI e a operadora angolana por partilharem a propriedade do angolano BFA. A Unitel, que é detida em 25% por Isabel dos Santos, detém 49,9% do BFA.