Para já, duas notáveis: conseguiu trazer para chefe da Casa Civil Fernando Frutuoso de Melo, 60 anos, que já fora seu chefe de gabinete quando Balsemão o fez ministro. Frutuoso de Melo não hesitou em trocar um seguramente mais bem remunerado lugar de diretor geral em Bruxelas, numa Direção Geral que ainda por cima não era puramente burocrática, mas funcionava. De qualquer modo, não teria seguramente um chefe tão divertido e criativo como vai ter agora em Lisboa,onde não se prognostica para Belém o cinzentismo de topo de Bruxelas.
Outro tiro certeiro foi trazer o intelectual Eduardo Lourenço (que talvez seja socialista, mas se tornou muito consensual) para o Conselho de Estado, num dos lugares a que o Presidente tem direito. Já começou a arejar a Casa, e o inquilino ainda é outro – político mais experiente, mas muito menos criativo e mobilizador.