António Costa
Conseguiu sair airosamente do seu primeiro grande aperto orçamental, ao ver Bruxelas dar ‘luz verde’ ao OE para 2016 e BE e PCP apoiarem as medidas negociadas e constantes do documento orçamental. É verdade que se viu forçado a rever as metas do défice e do PIB, e que os poucos rendimentos que restitui com uma mão aos portugueses acabam por ser tirados com a outra mão em impostos que atingem todos (quem não tem automóvel, cada vez mais oneroso, entre os funcionários públicos, por exemplo?). E pouco lhe resta já para dar à esquerda, ao BE e ao PCP, no OE para 2017, pois esgotou o pacote do que tinha para oferecer. Mas é um especialista nestas vitórias minimalistas e exímio a governar na corda bamba.
Passos Coelho
Com a determinação e a objetividade política que já lhe conhecíamos, veio anunciar a sua recandidatura à liderança do PSD, a vontade de alterar a imagem que se lhe colou nestes quatro anos de promotor da austeridade e, ainda, a convicção de que voltará a ocupar o cargo de primeiro-ministro, do qual foi derrubado pela aliança das esquerdas. Acresce que, a médio prazo, quando se tornarem insanáveis as clivagens entre os partidos que sustentam o Governo de António Costa, será o líder do PSD quem terá a faca e o queijo na mão para decidir na AR em que momento e em que condições fará cair o Governo.
Nuno Amado
Ao fim de cinco anos no vermelho, o BCP voltou aos lucros em 2015, apresentando números positivos de 264,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. E o seu presidente anunciou, ainda, a intenção de antecipar o pagamento da ajuda estatal de 750 milhões de euros. O céu voltou a desanuviar-se sobre o BCP e o resultado é tanto mais promissor quanto contrasta com os elevados prejuízos acumulados entretanto pela CGD.
…Sombra
José Veiga
Sempre se percebeu, desde os atribulados tempos, há mais de uma década, dos problemas com bancos do Luxemburgo e dos seus episódios como dirigente do Benfica, que iria passar a vida em sucessivos processos colocados pelo poder judicial. Agora, foi apanhado na teia de negócios escuros de milhões, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Não é flor que se cheire.