LG V10: Novo topo de gama?

Portugal é o primeiro país na Europa a receber o novo topo de gama da sul coreana  LG, o V10. Este novo dispositivo reflete as pretensões da LG em conquistar mercado com uma política de desempenho nos seus dispositivos, a qual atraiu muitos consumidores. Mas faltava ‘algo’ nos predecessores, com uma construção que recorria maioritariamente…

Neste V10 isso muda… e não copia ninguém. Há novidades e melhorias a nível de acabamentos, vulgo um segundo ecrã que está permanentemente ligado (pode ser desligado), duas câmaras frontais e ainda um novo sensor fingerprint.

Começando pela primeira diferença, bastante notória, o corpo. Abandona o formato curvo, e adota novos materiais para a construção: aço inoxidável e silicone de alta densidade. Era algo que precisava mudar, a construção,  fator fundamental para quem compra um smartphone de topo. Este LG está ladeado por duas faces em aço inoxidável polido que dão o referido grip, peso e robustez inerente a um smartphone topo de gama.

Outro pormenor digno de referência é a tampa traseira ruborizada que permite um “grip” fantástico. Feita em silicone, assemelha-se a borracha, o que lhe dá um toque bastante agradável no manuseamento. Por outro evita os riscos mais habituais, além de não escorregar das superfícies mais planas.

Os habituais botões continuam na traseira, mas agora junta o novo leitor de impressões digitais no mesmo botão de ligar/desligar. É um fator novo de segurança e de desbloqueio, tão em voga nos concorrentes.

O LG V10 é um telefone grande, demasiado para algumas pessoas, mas o que surpreende neste telefone é a facilidade com que se começa a gostar de todo o conjunto de atributos que a LG escolheu.

O segundo ecrã é uma delas. Permite aceder a informações rápidas como o tempo, horas e bateria, algo que para ver usualmente necessitamos de acender o ecrã. Aqui não, e sendo de baixo consumo traduz-se numa poupança do ecrã principal, o que se traduzirá também numa poupança de bateria. A modo personalizado, ostenta o nosso nome.

Por baixo o ecrã principal QHD (2560x1440p) IPS , que não é novidade mas merece nota pela dupla camada de proteção Gorilla Glass para maior resistência aos impactos e riscos.

O software possui duas ‘faces’. Apesar de ser bem personalizado pela LG, ainda permanece na versão 5.1.1 do Android. Mas a aparência engana aos mais incautos, com ícones e cores semelhantes ao novo 6.0. Mas está bastante mais contido no que diz respeito ao “bloatware” e funciona muito bem. Nas duas semanas de teste não houve um único crash aplicacional ou algo que não tenha funcionado como era suposto.

O Snapdragon 808 (o mesmo do G4), continua a ser a aposta para o desempenho da marca sul coreana,  ao invés dos problemas de sobreaquecimento do 810. Apesar de não bater recordes de performance, não compromete e revelou-se bastante ávido a executar qualquer tarefa. Os 4GB de RAM com certeza ajudam a que o V10 lide com várias aplicações abertas simultaneamente.

O V10 também trás novidades no campo da fotografia, e vídeo. No que respeita à câmara frontal, e para deleito dos que gostam das selfies, o V10 conta agora com duas câmaras frontais. O sentido é aumentar o horizonte para as denominadas selfies de grupo… ou ‘groupies’ como as apelidaram. Com 5mp, captam a fotografia em modo separado. O software encarrega-se de juntar as fotos e, graças a estarem dispostas em diferentes ângulos (80º a 120º), cria-se uma maior largura de imagem.

Na câmara traseira a marca decidiu manter o mesmo sensor de 16mp, e a lente com abertura de f1.8, que utilizou no LG G4. Mas melhorou o software. Novos modos e menus para a fotografia manual.

As maiores diferenças estão no campo do vídeo. A marca adoptou um estabilizador independente (EIS) para o vídeo, além de 3 microfones com ajuste de direcção e redução de ruído, e junta o facto de conseguir gravar 60, 30 ou 24 fps. Os novos modos permitem ao utilizador alterar manualmente os vários parâmetros como a velocidade do obturador, o frame rate, o ISO, o balanço de brancos ou o foco, e tudo enquanto filma. E se filma, porque não editar. Um novo editor (simples) permite criar pequenas amostras e posteriormente partilhá-las.

Estes fatores  prometem continuar a saga do G4 na fotografia, ao qual junta agora o vídeo, e apresenta-se como um dos melhores smartphones do mercado para quem gosta deste tipo de atividades.

Como outras características salientamos a sua capacidade de 32GB expansível por cartão microSD (até 200GB), sistema de som a 32bits e uma bateria (que continua removível) de 3.000 mAh e que pode ser carregada em 50% em 40 minutos. Está disponível em branco e negro.