Orlando Figueira dirigiu vários inquéritos sobre branqueamento de capitais envolvendo cidadãos angolanos.
O ex-magistrado pediu para sair do DCIAP nos últimos anos. Está atualmente a trabalhar num escritório de advogados, depois de uma passagem pelo BCP.
Em causa estão transferências de dinheiro suspeitas feitas a partir do estrangeiro para a conta do magistrado que, segundo alguns procuradores revelaram ao SOL, concentrou nas suas mãos, durante o período em que esteve no DCIAP, a maioria dos casos de branqueamento envolvendo cidadãos angolanos.
Numa nota enviada há minutos a Procuradoria-Geral da República confirma esta informação: “Em causa está o recebimento de contrapartidas por parte de um magistrado do Ministério Público (em licença sem vencimento de longa duração desde setembro de 2012) com a finalidade de favorecer interesses de suspeito, em inquérito cuja investigação dirigia.”
Explicam ainda que agora Orlando Figueira “será presente ao juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial.”
Na Operação Fizz, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.