No Parlamento, os reformistas (que além da abertura defendem o aumento das liberdades civis) conseguiram 85 lugares. Os conservadores moderados (apoiantes do acordo nuclear negociado por Rouhani e o seu MNE) elegeram 73 deputados.
Estes 158 parlamentares conseguem assim a maioria, derrotando os 132 eleitos pela linha dura do regime, anteriormente maioritária.
Em Teerão, o resultado foi particularmente importante, com os reformistas a garantirem os 30 lugares da capital. Num facto inédito, várias mulheres foram eleitas.
Ao Conselho de Peritos também chegaram os ventos da mudança. Neste órgão, que irá escolher o próximo Líder Supremo do país, os moderados e reformistas conseguiram a maioria dos representantes, também ao contrário da anterior paisagem política. Um resultado com especial importância tendo em conta os reportados problemas de saúde do atual Líder, o aiatola Ali Khamenei, de 76 anos.
O sucesso desta eleição, fruto das alianças entre os elementos reformistas, conservadores moderados e independentes, foi em grande parte fruto do envolvimento do antigo Presidente Mohammad Khatami, que cupou o cargo entre 1997 e 2005. Três anos depois, os reformistas conseguiam uma maioria no Parlamento, tendo sido derrotados pelos radicais em 2004. Em fevereiro de 2015 Khatami foi banido da comunicação social por ordem do departamento de justiça iraniano, dominado pela linha dura.