A Fórmula 1 vai ficar mais imprevisível, mais rápida e mais emocionante este ano com as mudanças na qualificação a três períodos (Q1, Q2, Q3) que define a grelha de partida para as corridas.A aprovação veio ontem do ConselhoMundial da Federação Internacional doAutomóvel(FIA) para que possam entrar em vigor duas semanas depois na qualificação para a primeira prova da temporada, o grande Prémio da Austrália. As qualificações passarão a ser mais frenéticas do que nunca. No mês passado emGenebra a Comissão da F1 já tinha dado o «sim» às mudanças.
O piloto alemão da Red BullSebastian Vettel já veio discordar dessas alterações.Uma opinião partilhada por outros pilotos da F1, conta a Associated Press.
Mas que mudança radical é esta? Para começar, as três rondas mantêm-se. A Q1 terá a duração de 16 minutos, e ao fim de sete, o piloto mais lento será eliminado num bolo inicial de 22 pilotos. Depois, até ao fim desta primeira etapa, a cada minuto e meio, um piloto é excluído. Sete já não vão para a segunda qualificação, passando só 15. A próxima fase dura menos um minuto, e o piloto menos rápido ao fim dos primeiros seis minutos sai.O processo é igual ao anterior.A última e derradeira etapa, a Q3, só será disputada por oito (e não dez como antigamente) e terá a duração de 14 minutos.Decorridos cinco minutos, e a cada 90 segundos, o homem com o pior tempo tem de encostar à box.A pole position será disputada taco a taco entre os dois mais rápidos, como explicou a Reuters. Será emoção até ao fim.
Essa é pelo menos a esperança deBernieEcclestone, o diretor executivo da F1: «Haverá melhores corridas com este sistema, o público precisa de mais agitação, movimento, é como se as classificações fossem em piso molhado. Algum favorito pode ficar mal colocado, e assim não veremos sempre os meus automóveis na frente. Fico feliz», disse à agência alemã.
O antigo campeão mundial NikiLauda, e presidente do executivo da equipa MercedesGP, também se mostrou contente com as alterações. «Os fãs vão ver mais carros na pista, é uma alteração significativa o que faz com que ninguém se dê ao luxo de permanecer nas boxes», afirmou à Speed Week.
Mas há mais. AFIA anunciou às equipas que em 2017 quer introduzir proteção reforçada para a cabeça através de um aparelho chamado «halo», que causa menos efeitos secundários no embate.
O piloto finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, já veio dizer que a proteção trouxe poucas diferenças durante os testes emBarcelona. Outros pilotos, como o campeão em título, o inglês Lewis Hamilton, mostraram-se igualmente desagradados. Já Vettel disse que «não interessa se é feio, desde que salve vidas». No meio da discórdia, a modalidade vai mesmo conhecer uma nova faceta.