Agora foi a vez de Murray, atual número dois do mundo, a defender que Maria Sharapova deve enfrentar as consequências por ter usado substâncias dopantes e que o seu exemplo, enquanto ícone russa, deve servir de “forte mensagem”.
O escocês ‘aplaudiu’ as autoridades antidoping por terem ‘apanhado’ uma das mais afamadas estrelas do ténis, durante uma conferência de imprensa no torneio de Indian Wells, Estados Unidos: “A parte positiva no meio de tudo isto tem a ver com o facto de ela ser uma das maiores atletas do planeta”.
“Se se consomem substâncias que melhoram a performance atlética e se falham testes de despistagem, deve ser-se suspenso”, disse Murray, a propósito do anúncio de Sharapova, que confessou, na segunda-feira, ter acusado doping após a disputa do Open da Austrália, em janeiro.
A tenista russa, ex-número um mundial, usou meldonium, substância integrada este ano na lista de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Murray aproveitou para ‘apontar o dedo’ em várias direções, desde Sharapova à federação internacional de ténis, passando pela Head, marca das raquetas que o patrocinam, tal como à visada: “isto tem acontecido regularmente no desporto”.
A Head informou, após o escândalo, que manteria Sharapova conectada à imagem da marca, ao contrário de outros patrocinadores, que cortaram a ligação com a vencedora de cinco ‘Grand Slam’, o que mereceu de Murray a seguinte reação: “É algo em que não acredito e eu não agiria assim”.
“Li que 55 atletas falharam esse teste desde janeiro e não esperava que atletas de alta competição em várias modalidades tivessem problemas cardíacos”, ironizou o escocês, aludindo aos motivos medicinais da substância proibida em competições desportivas.