O super-Marcelo

As sondagens estão a mostrar que os portugueses continuam rendidos ao novo Presidente da República, e fartos do anterior (que, como alguém dizia um destes dias num jornal, se revelou melhor primeiro-ministro, já não havendo quem se lembre sequer – nem ele mesmo, talvez — do primeiro mandato presidencial, quando era acusado de espetar facadas…

Prosseguiu Marcelo no Porto a popularidade de afectos que já tinha iniciado em Lisboa, na posse, com muito sucesso – e antes ainda, em todo o País, na campanha eleitoral, e antes ainda… Não é difícil o cargo de assessor de imagem de Marcelo. Nem parece precisar. A não ser que não saiba conter-se – porque estes excessos costumam acabar mal, se não são interrompidos a tempo. Claro que ninguém espera vê-lo mudar de feitio ou completamente de atitude, como ninguém quis isso de Mário Soares. Mas ainda vai ter de bater com a mão na mesa, como Soares também o fez várias vezes. E falo de Soares, porque é o antecessor com quem ele mais se parece – na sua singularidade própria e bem distinta.

De qualquer maneira, não há dúvida de que o Marcelo de agora, o presidencial, está diferente e mais seguro do que o anterior, da liderança do PSD, de candidato à CML ou de ministro. E com resultados à vista.