Num relatório divulgado esta sexta-feira, a agência de notação financeira antevê que a retoma económica deverá ser moderada este ano e que o governo de António Costa “continuará comprometido com políticas que sustentem uma consolidação orçamental adicional".
A S&P considera que os custos de financiamento do Estado vão manter-se em níveis sustentáveis em resultado de “um perfil da maturidade da dívida soberana significativamente melhorado” e a “uma postura monetária acomodatícia" .
A agência norte-americana considera, no entanto, que o rating do país vai continuar sobre pressão, devido ao elevado endividamento dos sectores público e privado e às fragilidades do sector financeiro. Fatores que "penalizam o potencial de crescimento económico de Portugal no médio a longo prazo", diz.
A Standard & Poor’s justifica a manutenção da perspectiva futura em “estável” pelas projecções de uma retoma económica “modesta”, pelos “riscos de um enfraquecimento do contexto de crescimento externo” nos próximos, “o prolongado processo de desendividamento do sector privado”, “dos riscos no sector financeiro e dos potenciais desvios nas políticas económicas e orçamentais".
Esta agência mostra-se assim mais optimista do que a Fitch que, no dia 4, reiterou o "rating" de Portugal em "BB+", mas baixou a perspectiva futura de "positiva" para "estável".
Uma decisão justificada pelo facto de o défice de 2015 ter ficado muito acima do esperado e a meta de 2016 estar também em risco.