FMI pede plano B: repôr os cortes salariais e adiar redução de impostos

O Fundo Monetário Internacional revelou hoje a avaliação da última visita que fez a Portugal e pede “medidas de contigência” caso a execução orçamental mostre desvios face às projeções do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016). E neste plano B inclui um travão à reposição  de salários que está em curso até ao final do…

“O Governo precisa de preparar um conjunto específico de medidas de contingência que devem ser ativadas assim que houver evidências de que a meta de 2,2% para o défice orçamental não será cumprida”, indica o relatório, que antecipa que Portugal se mantenha no Procedimento por Défices Excessivo, que implica vigilância reforçada de Bruxelas.

Para a organização, existem “riscos significativos para a execução” do OE2016, nomeadamente com a receita prevista com os impostos indiretos, o FMI urge o executivo liderado por António Costa a formular um “plano de contingência”.

O FMI explica que o plano de contigência deve “implicar a reversão de algumas medidas tomadas com o OE2016”, nomeadamente a redução trimestral (até à sua extinção em outubro) do corte aplicado aos salários da Função Pública, que “precisariam de reconsideração”.

Também a redução da sobretaxa em sede de Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares (IRS) e a descida do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na restauração “deveriam ser adiadas até que fosse encontrada margem orçamental”.

joao.madeira@sol.pt