Uma praça em cada bairro
O programa não podia ser mais abrangente, pelo menos na teoria. No âmbito de um dos eixos prioritários para o desenvolvimento da cidade – designado por “Lisboa Mais Próxima” – a Câmara Municipal quer reabilitar uma praça por cada bairro. O lançamento das empreitadas está previsto ocorrer ao longo de 2016, seguindo um plano faseado apresentado pela autarquia, e em 2017 as 31 praças prioritárias deverão estar concluídas. No entanto, apenas 12 destas praças – Alameda das Linhas de Torres, Alameda Manuel Ricardo Espírito Santo, Eixo Central (Picoas e Praça Duque de Saldanha), Largo da Graça, Largo de Santos, Largo do Calvário, Rossio da Palma, Rua de Campolide, Praça de Sete Rios – têm as empreitadas já aprovadas.
O concurso de empreitada da requalificação do Largo do Calvário foi o primeiro a ser autorizado. Outros quatro já foram também adjudicados: Largo de Santos, Largo da Graça, Praças do Saldanha e Picoas e Praça de Sete Rios. As obras deverão começar em breve, estando as zonas de Saldanha e Picoas incluídas numa mega requalificação das vias rodoviárias do eixo entre o Marquês de Pombal e Entrecampos – orçada em 7,5 milhões de euros, que ainda não começou mas deverá estar concluída, segundo o site da autarquia, até dezembro deste ano.
Mais adiantadas estão as obras na zona do Cais do Sodré, iniciadas em janeiro. O projeto consolida a ideia de “devolver o Tejo aos lisboetas”, nomeadamente com projetos de requalificação da Frente Ribeirinha iniciados em 2008 e já terminados, como é o caso, por exemplo, da Ribeira das Naus.
Voltando ao Cais do Sodré, estima-se que a obra custe 18 milhões de euros, sendo 12 milhões gastos na requalificação do Campo das Cebolas, em frente à Casa dos Bicos. Este troço da obra – da autoria de Carrilho da Graça – é o que demorará mais tempo, estando a sua conclusão prevista para março de 2017.
Já as obras na Praça Duque de Terceira, no Jardim Roque Gameiro e na zona do Corpo Santo foram projetadas por Bruno Soares. A ideia é transformar o Cais do Sodré numa zona mais verde e mais desafogada, permitindo aos transeuntes avistar os jardins e, principalmente, o rio Tejo assim que se inicie a descida do Chiado.
Obras na 2ª Circular ‘assim que possível’
Deveriam começar em junho, mas não há, por enquanto, data de arranque para os trabalhos na Segunda Circular, entre o nó da Buraca e o aeroporto. Há, no entanto, a certeza de que é para avançar. “A proposta está mais sólida” após o debate público, disse o presidente da Câmara, Fernando Medina, no dia em que a obra foi aprovada, há duas semanas. Mesmo sem data de começo, já há data de fim: início de 2017. O concurso internacional para adjudicação da obra, no valor de 12 milhões de euros, está aberto. A principal via de ligação em Lisboa chegará ao fim do processo repavimentada, com um separador central cheio de arbustos, um limite máximo de velocidade de 60 km/hora (em vez dos atuais 80 km/h), entre outras novidades. A Câmara promete aumentar a fluidez no trânsito e a segurança rodoviárias, mas há quem tema o contrário.