Vilarinho diz que não tem rabos de palha
O ex-presidente do Benfica surge nas listas como tendo usado uma offshore, a Soyland Limited Liability Company (com sede nos Estados Unidos). Contactado pelo Expresso, Vilarinho disse já estar à espera da chamada: “Pois é claro que o meu nome aparece nos Papéis do Panamá. Eu sei que estou lá, sabe o Ministério Público, e sabe todo o país”, disse adiantando que esse foi um pecado seu e que está no Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
“Paguei a bula como na sexta-feira santa, para poder comer ao domingo. Não tenho rabos de palha e sou um cidadão cumpridor. Já paguei tudo o que devia”, assegurou àquele semanário.
O Expresso refere ainda que nas trocas de correspondência de Vilarinho com a sociedade Mossack Fonseca surge o tema Operação Monte Branco, a que o ex-dirigente dos encarnados apareceu associado.
Luís Portela e a BIAL no Panamá
Luís Portela é outro dos portugueses que surgem nas longas listas de portugueses. O dono da farmacêutica BIAL controlava de forma indireta a offshore Grandison International Group Corp. Desde 2004 que, segundo a invertigação do consórcio, tinha o poder de movimentar dinheiro e ativos da conta bancária que lhe estava associada, mas a empresa offshore terá entretanto sido encerrada.
Sem entrar em grandes pormenores, o presidente não executivo da BIAL explicou ao Expresso que a farmacêutica tem presença no Panamá: “Uma filial a partir de onde coordenamos a nossa atividade nos diferentes países da América Central onde operamos”.
Em 2009, a BIAL criou uma outra sociedade no Panamá, a BIAL América Latina S.A..
Ilídio Pinho desmente Papéis do Panamá
O empresário Ilídio Pinho surge nos Papéis do Panamá, juntamente com pessoas da sua confiança, associado a diversas offshores. Segundo o Expresso, os documentos atestam que em 2006 Pinho e outras oito pessoas do seu núcleo duro tiveram o ‘ok’ para movimentar contas de uma sociedade (a IPC Management Inc) que estava ligada à offshore Stardec Investments S.A., com sede no Panamá.
Confrontado por aquele semanário, o empresário negou que alguma vez tenha criado para si ou para o seu grupo qualquer offshore: “Absolutamente zero!”
Abreu Advogados está na lista da Mossack
A sociedade de advogados Abreu surge na documentação que está a ser investigada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação como sendo um dos intermediários que participaram em operaçãoes relacionadas com offshores. Segundo foi divulgado hoje, o nome de um dos advogados daquele estcritório, André Gouveia e Silva, surge nos registros da Mossack como sendo um “contacto de referência” para a offshore MSM Trading, encerrada em 2011.
Contactada pelo Expresso, a Abreu afirmou que “cumpre escrupulosamente todos os procedimentos legais no aconselhamento aos seus clientes. Invocou, porém, “limitações de sigilo profissional” para não responder a questões mais concretas.
Papéis do Panamá: Tudo sobre os portugueses nas offshores
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