A gama P é talvez a mais bem sucedida e recebida gama da Huawei nos mercados, e criou (alguma) expectativa, culpa das habituais fugas de informação, imagens ou rumores que surgiram online. Mas o que dizer? Era tudo verdade…e a dobrar.
A maior dúvida cingia-se à parceria com a Leica, e se traria algo de imediato a este P9. Sendo uma parceria recente, haveria tempo para fazer algo novo em conjunto? As dúvidas começaram-se a dissipar logo à entrada, com as inúmeras alusões à parceria com a especialista reconhecida em lentes.
Já a confirmação lógica surgiu pela voz de Richard Yu (CEO Consumer Devices da Huawei), que com o seu habitual entusiasmo mostrou um novo P9 criado em colaboração com a Leica. É o primeiro dispositivo a ‘sair’ desta parceria e marca também a entrada da Leica no mundo dos smartphones, e quem sabe, um novo padrão em fotografia nos smartphones.
E é essa a grande aposta do P9, a fotografia. Como ponto-chave temos esta solução bastante interessante de hardware e software, com duas câmaras (que dobra a potência das lentes ópticas provenientes da Leica). É uma opção invulgar e só encontra rival no LG G5… mas sem Leica. Pelo que percebemos, o P9 utiliza uma câmara a cores e outra monocromática que trabalham em conjunto para juntar o detalhe de um, com a cor do outro. A marca alega conseguir captar 200% mais de luz e um aumento de contraste em 50%. Nota que ambas as câmaras traseiras possuem lentes Leica SUMMARIT com uma abertura de f/2.2, ao passo que a frontal, para as suas selfies, possui 8 megapixels e uma abertura de f/2.4.
A estes fatos juntamos um sensor Sony (IMX286) de 12 megapixels, flash Dual-LED, algoritmos de processamento de imagens e novas tecnologias como a Hybrid Focus da Huawei. Permite captar imagens com velocidade, precisão e mais estabilidade, centrando-se em três pontos: foco (a laser), cálculo de profundidade e contraste.
Ainda na fotografia, fica patente a ‘mão’ da Leica no modo de abordar a fotografia. É extremamente fácil aceder às novas funcionalidades, novos modos que permitem ao utilizador a simplicidade de escolher entre Embelezar Fotos, Panorama ou Super noite, entre outros, todos diferentes e para cada situação ou necessidade cada vez que capturamos imagens. Mas existe um que sobressaiu, o novo modo monocromático. Uma excelente ideia que sobejamente enriquece este smartphone.
Mas o P9 é não é só fotografia. Há uma evolução visível para com o seu antecessor e, apesar de manter o mesmo tamanho, recorre a uma construção unibody (peça única) numa liga de alumínio, facetada nas laterais e com acabamento a jato de areia. O ecrã mantém as 5,2 polegadas e possui uma resolução de 1080 x 1920 píxeis (merecia mais).
O P9 é o flagship da marca, pelo que é imperativo o desempenho. A marca escolheu o novo processador Kirin 955 de 2,5 GHz a 64 bits com uma GPU Mali-T880 MP4, 3GB de memória RAM na versão de 32GB, ou 4GB no de 64GB, inclui no slot para o cartão SIM suporte para cartão microSD e já conta com a versão do Android 6.0. Junta por fim uma bateria de 3000mAh e a tão falada, e recente, entrada USB Type-C.
Outra novidade é a inclusão de um sensor de impressões digitais, herdado da gama Mate, e é exímio. Mais do que segurança, permite aceder e apagar notificações, passar fotografias ou acesso direto à câmara fotográfica, sem necessitar de ‘sujar’ o ecrã com os dedos.
E no início falamos em ‘a dobrar’. Porquê? Porque este evento da Huawei não serviu apenas para apresentar um telemóvel, mas dois: o Huawei P9 e o P9 Plus. Partilham todas as características de software e desempenho, diferem pelo ecrã de 5,5 polegadas no PLUS, bateria de 3400mAh e consequente aumento de autonomia , novo som estéreo (com a inclusão de uma coluna no topo e outra em baixo) e um novo sensor de infravermelhos que lhe permite, por exemplo, servir de comando de televisão universal.
A chegada ao nosso mercado está prevista para o mês de abril, com valores de 599 euros para a versão de 32 GB, e 649 para a versão de 64GB. O PLUS faz juz ao nome, e se cresce em tamanho e especificações, atinge os 749 euros na versão de 64GB.
