O melhor golfista português de sempre não ganhava no PGA Portugal Tour desde 2011
Ricardo Santos regressou aos triunfos no PGA Portugal Tour, cinco anos depois de ter conquistado o seu último título neste circuito nacional.
O português de 33 anos venceu o Optilink PGA Open, de 6 mil euros em prémios monetários, a etapa inaugural do PGA Portugal Tour de 2016.
Com uma exibição de grande confiança, o profissional da Oceânico Golf somou 134 pancadas, 10 abaixo do Par dos percursos Alvor e Lagos, do Onyria Palmares Beach & Golf Resort, no Algarve.
O prémio de mil euros coloca-o como o primeiro líder da Ordem de Mérito 1080 produções da PGA de Portugal.
«Joguei muito bem do tee ao green, praticamente sem cometer erros», referiu Ricardo Santos ao Gabinete de Imprensa da PGA de Portugal, depois de uma exibição convincente, na qual concretizou 2 eagles (!) e 10 birdies.
Mesmo o jogo no green, que tinha sido o seu calcanhar de Aquiles nos dois últimos anos, voltou a ser um ponto forte.
«Só fiz dois greens a 3 putts, o que neste campo é perfeitamente normal, porque os greens são ondulados, muito rápidos e no segundo dia, com o vento forte, ainda mais», acrescentou Ricardo Santos, que deixou o 2º classificado a 4 pancadas de distância, o renascido António Sobrinho, autor de boas voltas de 68 e 70.
Houve mais dois jogadores a ficarem abaixo do Par aos 36 buracos: o bicampeão nacional Tiago Cruz (70+72) e João Ramos (69+74), que asseguraram, respetivamente a 3ª (-2) e 4ª (-1) posições.
O top-5 fechou com o melhor amador em prova, Vítor Lopes (Par), que entregou cartões de 71 e 73.
Foi o primeiro título de Ricardo Santos no circuito profissional português desde que venceu o Campeonato Nacional em 2011, no Ribagolfe.
Em 2012, aquele que é considerado o melhor golfista português de sempre, ingressou no European Tour, onde militou durante quatro anos consecutivos.
Venceu o Madeira Islands Open BPI em 2012, foi o único português a receber o galardão de Sir Henry Cotton Rookie of the Year (referente a 2012) e tornou-se no único luso a ascender ao top-10 da Corrida para o Dubai (em 2013).
Este ano, Ricardo Santos teve de regressar ao Challenge Tour, começou a sua preparação no Algarve Pro Golf Tour onde, desde janeiro, já averbou mais duas vitórias, pelo que este foi o seu terceiro troféu do ano.
O Challenge Tour arrancou no Open do Quénia e o algarvio ficou empatado no 15º lugar (-8) e acredita que será possível que o vejamos mais vezes em Portugal do que em anos anteriores: «O calendário do European Tour é mais carregado do que o do Challenge Tour e é claro que gostei sempre de jogar em Portugal. Em semanas em que não haja torneios do Challenge Tour e haja provas da PGA de Portugal, o mais provável é que volte a jogar torneios deste circuito».
Tiago Cruz, o n.º1 da Ordem de Mérito 1080 Produções da PGA de Portugal em 2014 e 2015 está avisado – este ano será preciso contar com Ricardo Santos como um dos seus rivais.
O Optilink PGA Open teve 30 participantes e contou com duas jogadoras, tendo sido Susana Ribeiro a melhor, empatada no 16º lugar, com 155 (+11), depois de voltas de 73 e 82.
Entretanto, realizou-se também o primeiro torneio do PGA Portugal Pro-Am Series, o Optilink Pro-Am.
A equipa vencedora, que se apurou para a Final nos Salgados, em dezembro, foi a do profissional Nelson Cavalheiro com os amadores Daniel Cavalheiro (seu filho), Wendy Thornhill e Anthony Thornhill.
Os 88 pontos net fourball que somaram foram os mesmos dos segundos classificados, a equipa do profissional António Sobrinho e dos amadores Rui Coelho, Mário Ferreira e Jongsoo Kim.
Note-se, por isso, que António Sobrinho acabou por sagrar-se vice-campeão, tanto do Open como do Pro-Am.