“Isto é complexo, mas a minha ideia é simples: temos de controlar todos os fatores de risco, porque esses fatores provocam pelo menos cinco a sete doenças. Se controlarmos o tabaco, álcool, açúcar, sal, gorduras trans e promovermos a atividade física e alternativas alimentares saudáveis, podemos evitar muitas doenças crónicas: cardiovasculares, oncológicas, endocrinológicas (como diabetes) ou doenças musculoesqueléticas.”, afirma o comissário europeu.
Para Vytenis Andriukaitis, o problema não está apenas no açúcar, mas também nos produtos com excesso de sal e de determinado tipo de gorduras. “Quando vemos as consequências, vemos quão grave é o cenário”, salienta o comissário, referindo-se à obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e cancro.
Um dos produtos que defende que devem ser taxados são os refrigerantes, decisão que já foi tomada no Reino Unido. A medida foi anunciada em meados de março, no âmbito do Orçamento do Estado para 2016, por George Osborne, o ministro com a pasta das Finanças. O novo imposto só terá efeitos em 2018, mas de acordo com o “Guardian” motivou uma reação quase imediata de multinacionais como a Coca-Cola, que ameaçaram processar o Estado. Em Portugal, o Ministério da Saúde chegou a defender a criação de uma nova taxa que se aplicaria sobre bebidas açucaradas ou produtos com excesso de sal, mas não chegou a avançar.