“Eu sou estranho, eu sou novo
Pergunto-me se tu também serás
Oiço vozes no ar
Percebo que tu não as ouves e isso não é justo
Não me quero sentir triste
Eu sou estranho, eu sou novo
Eu finjo que tu também és
Sinto que sou um rapaz de outro planeta
Toco nas estrelas e sinto-me deslocado
Preocupo-me com o que os outros pensarão de mim
Choro quando as pessoas se riem, faz com que me encolha
Eu sou estranho, eu sou novo
Agora percebo que tu também és
Digo que me sinto como um naufrago
Sonho com o dia em que isso não seja um problema
Tento integrar-me
Espero algum dia conseguir
Eu sou estranho, eu sou novo”.
Este foi o poema que Benjamin apresentou na escola. O texto foi partilhado na página da Associação Norte-americana para o Autismo no Facebook e teve mais de 12 mil ‘gostos’ e mil partilhas.
“Fizeste um trabalho maravilhoso Benjamin! Estás enquadrado connosco por nós #tambémsomosesquisitos”, lê-se na legenda que acompanha a fotografia do poema partilhada pela Associação.
“Estamos orgulhosos, mas ao mesmo tempo tristes por ele se sentir assim”, disse o pai de Benjamin ao Huffington Post. “Cada gosto, comentário ou partilha que o texto recebeu fez com que ele se sentisse integrado, mas também o emocionou perceber que tocou tantas pessoas”, acrescentou.