De acordo com o indicador de poupança da APFIPP/Universidade Católica, divulgado hoje, este é o melhor resultado desde outubro.
Em fevereiro, o indicador de poupança da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), da Universidade Católica, tinha subido para os 55,7 pontos, depois de em janeiro ter ficado nos 54,4 pontos. Agora, o índice aumentou para 61,6 pontos.
De acordo com o documento, "a atualização global do indicador APFIPP/UCP teve um impacto positivo muito ligeiro na tendência de poupança das famílias em percentagem do PIB, medida pela variação trimestral da série alisada, que continua muito próxima de -0,1 pontos percentuais do PIB por trimestre".
Estas conclusões, que mostram que a poupança das famílias tem estado a melhorar, ganham especial importância depois de um estudo da Cetelem garantir que mais de metade (58%) dos portugueses confessaram já ter sentido dificuldades para pagar as contas no final do mês.
Este estudo conclui ainda que é entre os consumidores mais velhos (entre os 55 e os 65 anos) que as dificuldades são maiores, com 71% dos inquiridos a admitirem problemas para conseguir que o dinheiro chegue até ao final do mês.
Na opinião de Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing de Cetelem, é necessário ter em conta que, “apesar de serem despesas fixas, as contas do mês continuam a constituir um enorme desafio para muitos portugueses. Isto é preocupante porque quanto maior for o peso das despesas fixas, menor será a capacidade de pagar as contas, suportar uma despesa inesperada ou uma eventual queda de rendimento”.