Ricardo Melo Gouveia termina em 38º mas sobe na Race 2 Dubai

Ricardo Melo Gouveia (RMG) inverteu hoje uma tendência negativa que datava desde a primeira semana de fevereiro, ao ascender do 81º ao 76º lugar da Corrida para o Dubai do European Tour.

O nº1 português começou bem a época, no 18º lugar do ranking oficial da primeira divisão europeia, graças a esse top-20 no Alfred Dunhill Championship, mas depois foi caindo nas semanas seguintes para 60º e 68º. O bom 7º lugar no Masters do Qatar trouxe-o de volta ao top-60, para a 45ª posição, mas desde então que vinha perdendo terreno, ao ponto de ter começado esta semana no 81º posto.

Foi, por isso, uma semana importante a que hoje se concluiu com um 38º lugar no Real Club Valderrama Open de España, Hosted by the Sergio Garcia Foundation, empatado com mais três jogadores.

Importante porque travou essa queda progressiva e melhorou cinco lugares na “Race 2 Dubai”. 

Importante porque vinha de três cuts falhados em quatro torneios jogados e na Andaluzia passou-o à vontade.

E importante ainda por ter, apesar de tudo, embolsado mais 13.200 euros de prémio monetário, para um total de 97.414 em oito torneios disputados este ano no European Tour.

É claro que, ambicioso como é, não ficou totalmente satisfeito por ter alcançado a sua terceira melhor classificação da época no European Tour, e na sua conta profissional no Facebook desabafou depois de ter feito a sua pior volta do torneio em 77 pancadas, 6 acima do Par. 

«Hoje foi outro dia em que nada correu bem, principalmente nos greens. O tempo esteve melhor a nível de vento e senti que perdi muitas pancadas nos greens», escreveu o profissional do Bom Sucesso Golf, que hoje só converteu 1 birdie e sofreu 7 bogeys.

É certo que foi a sua pior volta da temporada e o seu agregado de 298 pancadas, 14 acima do Par (72+74+75+77), foi o seu pior desde que se tornou profissional em 2014.

No entanto, tal como temos vindo a referir nos últimos quatro dias, estas estatísticas negativas não devem ser sobrevalorizadas, tal a dificuldade com que os jogadores se depararam em Valderrama.

De acordo com informações hoje prestadas pelo European Tour, a vitória do inglês Andrew Johnston foi histórica. O seu primeiro título de carreira foi conquistado hoje com o resultado de 285 (67+74+74+70), +1, ou seja, nenhum dos 69 jogadores que passaram o cut conseguiu bater o Par do famoso campo andaluz.

«Passaram 20 anos desde que um evento regular do European Tour foi ganho com um resultado acima do Par, na altura, Ian Woosnam fez o mesmo resultado (+1) para vencer o Open da Escócia em Carnoustie, em 1996», escreveu o press officer do European Tour!

Nas redes sociais, RMG fez questão de agradecer: «À minha família, namorada e amigos que vieram dar-me uma força nestes quatro dias de prova».

Com efeito, para além da família e da namorada com quem reside em Londres, houve muitos portugueses a deslocarem-se a Valderrama, onde o clube local até é presidido por um português, Nuno Brito e Cunha (Visconde de Pereira Machado).

A comitiva portuguesa incluiu o presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Manuel Agrellos, que é um amigo pessoal do presidente da Real Federación Española de Golf, e ainda o diretor-técnico nacional, João Coutinho, que recebeu um convite muito especial de Manuel Piñero, um antigo jogador da Ryder Cup e vencedor de 9 títulos do European Tour.

O próximo torneio do representante do Team Portugal no European Tour será já a partir do dia 21, na China, o Shenzhen International, de 2,5 milhões de euros em prémios monetários.

Hugo Ribeiro / FPG
Fotografias: RMG (cedidas por João Coutinho/FPG) e Andrew Johnston (Getty Images)

18º após Alfred Dunhill Championship
60º na semana do Joburg Open
68º no Abu Dhabi
45º no Dubai, depois do Qatar
59º na semana de Perth
65º na semana do Arnold Palmer Invitational e na Tailândia, 
81º na semana de Valderrama