“A notação que atualmente existe foi atribuída ao soberano português em condições que entretanto verificaram melhoria. Portanto, achamos que a probabilidade [de cortar no ‘rating’] é reduzida”, afirmou Cristina Casalinho à margem de um almoço organizado pelo American Club of Lisbon, em Lisboa.
A agência de notação financeira vai pronunciar-se sobre o ‘rating’ português no próximo dia 29. Cristina Casalinho revelou que já houve contactos para perceber qual será a posição da agência canadiana, mas assegurou que “não há qualquer indicação” de qual vai ser a decisão.
A DBRS é a única agência que avalia a dívida de Portugal como sendo de investimento, de BBB (‘low’), enquanto as restantes três maiores entidades de ‘rating’ consideram que a dívida pública de Portugal ainda está num grau de ‘lixo’.
A notação de investimento por pelo menos uma das maiores agências de ‘rating’ é exigida para que o Banco Central Europeu (BCE) continue a comprar dívida pública em Portugal e a financiar a banca nacional.
Ainda assim, a presidente do IGCP disse que houve contactos com a DBRS para perceber qual será a posição da agência canadiana, adiantando que “não há qualquer indicação de qual vai ser a indicação”.
No início de Abril, a DBRS admitiu cortar o ‘rating’ se houver incerteza política ou se o crescimento económico não for suficiente para reduzir a dívida pública, depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado que a revisão em baixa da única nota de investimento atribuída em Portugal “constitui um risco no curto prazo” com “grandes consequências” para o país.