Elisa Ferreira
Ministra do Ambiente há 20 anos, eurodeputada há pouco mais de uma década, chega agora ao topo do Banco de Portugal, escolhida para vice do governador Carlos Costa. É mais uma técnica reputada com percurso e conhecimentos políticos do que uma política de carreira com qualificações técnicas (como se viu no fiasco da sua candidatura à Câmara do Porto, em 2009). No Banco de Portugal, vai ser uma espécie de controleira socialista do governador. E vai dar cartas com o seu conhecido ativismo e incansável energia profissional.
Cristiano Ronaldo
Está a viver um fim de época em alta, em contraste com o apagamento exibicional e competitivo do seu grande rival Messi. Foi dele o golo no campo do Barcelona que selou a vitória do Real por 2-1, foram dele os três golos que decidiram a eliminação do Wolfsburgo e a passagem dos madridistas às meias-finais da Champions. E é ele, já com 16 golos nesta edição, que pode bater o seu próprio recorde da competição. Se o Real Madrid conquistar a 11.ª Champions, mesmo perden- do o Campeonato, o goleador português reforçará as hipóteses de alcançar, no final de 2016, a sua 4.ª Bola de Ouro.
Sombra:
Azeredo Lopes
Na ânsia de se mostrar muito politicamente correto e vanguardista em causas fraturantes, tratou com os pés e de forma desastrada um assunto delicado como o da discriminação dos homossexuais no meio militar. Provocou a demissão do CEME, que se viu publicamente desautorizado por ele, e colocou a generalidade das Forças Armadas a aconselhar a sua demissão. Ficou reduzido ao apoio do radicalismo do Bloco de Esquerda, confirmando que a sua escolha de recurso para a pasta foi um erro de casting. Já antes não deixara saudades a sua passagem pela presidência da ERC, onde nada fez contra as pressões e manipulações do poder de Sócrates sobre a comunicação social.
António Costa
Não foi uma semana politicamente tão horrível como dizem para o primeiro-ministro. Virá bem pior. Mas as coisas começam a complicar-se e nada lhe corre bem: das demissões na Cultura, no Exército, na Educação até às críticas ao seu special friend e às dissensões na ‘geringonça’ de BE e PCP sobre o ‘banco mau’ e o Programa de Estabilidade. É já um ponto de viragem?