Tudo começou com a critica do líder da formação de esquerda radical à forma como os meios de comunicação fazem a cobertura do Podemos. Pablo Iglesias avisou logo no início da sua apresentação que se iria referir à “relação freudiana” do seu partido com a comunicação social. “Pela primeira vez vejo os jornalistas com cara de medo”, disse. E não se conteve.
Referindo-se a Carvajal, o líder do Podemos disse que “grande parte dos jornalistas” que acompanham o Podemos “estão profissionalmente obrigados a falar mal” do partido, para “prosperar”. “Tenho de escrever notícias que digam que o Podemos faz tudo mal”, insistiu, garantido que são os próprios jornalistas que o admitem.
O líder do partido de esquerda radical disse ainda que os órgãos de comunicação social não fazem uma cobertura objetiva do Podemos e tem por base falsidades, até para que os jornalistas possam prosperar nos media para os quais trabalham. “Tenho de escrever notícias que mostrem que o Podemos faz tudo mal”, ironizou Pablo Iglesias.
Nas redes sociais não faltam críticas às declarações do líder do Podemos. Pablo Iglesias já veio pedir desculpas nas redes sociais. “Sinto ter ofendido e peço desculpas. Não devia ter personalizado. Mas disse a verdade. Vejam aqui o vídeo e julguem”, escreveu esta tarde na sua página no Facebook.
Ainda na sala da universidade onde apresentou o livro, Iglesias, ao ver sair os jornalistas, reagiu assim. ““Penso que é evidente que não me entenderam. Num contexto académico qualquer um pode ser um exemplo para explicar uma questão académica. Penso que, além disso, falei com enorme carinho e enorme simpatia”, disse.
Também o jornalista o El Mundo alvo das críticas de Pablo Igleias agradeceu a solidariedade manifestada pelos colegas de profissão. “Muito obrigado a todos pelo apoio e solidariedade dos meus colegas naquilo que era um ataque à classe, pessoalizado em mim”, escreveu Álvaro Carvajal.