É a última oportunidade para que haja um acordo de governo depois das várias tentativas de Pedro Sánchez do PSOE que apenas resultaram num acordo entre o seu partido e o de Albert Rivera, Ciudadanos, que não foi viável, tendo falhado a primeira investidura de Sánchez.
Segundo o “El País”, o rei espanhol ainda tem esperança que seja alcançado um acordo mas não descarta a hipótese de Espanha voltar a ter eleições, que no caso de acontecerem, decorrerão a 26 de junho.
“O rei ouviu atentamente que esta é uma oportunidade perdida”, disse o primeiro a ser ouvido por Felipe VI, Pedro Quevedo, deputado do Nuevas Canarias.
Seguiu-se o representante do Foro Asturias, partido que foi apresentado nas eleições em coligação com o PP de Mariano Rajoy. “Estamos a ir em direção a uma eleição geral”, disse Martinez, acrescentado que os espanhóis “foram vítimas das manobras de Pedro Sánchez, assistido por Albert Rivera, para evitar um partido no governo que ganhou as eleições”.
Também para a representante do Canary Coalition, Ana Maria Oramas, não há hipótese de acordo e é quase certo que Espanha volte a eleições.
Javier Esparza, presidente da União del Pueblo Navarro, admite que a única solução para Espanha é um “acordo PSOE-PP”.
Alberto Garzón, porta-voz da IU-UP mostrou-se pessimista em relação a um acordo.
De todas as reuniões de ontem, e segundo avança a imprensa espanhola, não há possibilidade de haver governo sem que Espanha tenha que voltar a passar por eleições. Mas o mais importante acontece hoje.
Conhecida como “a ronda da impotência” pelos jornais espanhóis, a ronda de reuniões termina hoje com os partidos mais importantes. O último a ser recebido hoje pelo rei de Espanha será Mariano Rajoy do PP. Antes, Felipe VI ouvirá Pedro Sánchez, do PSOE, Albert Rivera do Ciudadanos e Pablo Iglesias do Podemos.
Se não conseguir chegar a qualquer conclusão, o rei espanhol irá proceder à dissolução das cortes do parlamento e convocar novas eleições.
Pedro Sánchez terá de continuar a tentar até ao dia 2 de maio. É a data final para que se saiba o futuro de Espanha.