Dilma Rousseff pode estar cada vez mais longe do cargo de presidente. Com a aprovação da criação de uma comissão especial do Senado que vai analisar o impeachment, a situação da presidente brasileira fica agora mais delicada.
Segundo sondagens levadas a cabo pela “Folha de S. Paulo” e pelo “Estadão”, a oposição apresenta uma grande vantagem em relação aos votos necessários para que Dilma seja afastada do cargo durante 180 dias. Para que esse afastamento aconteça, são necessários 41 votos a favor dos 81 senadores.
As sondagens dos dois jornais mostram que já há 50 senadores a favor e apenas 21 contra.
Perante esses resultados e segundo a “Folha de S. Paulo”, Dilma Rousseff até já admite a possibilidade de defender a convocação de novas eleições gerais.
A votação acontecerá no próximo dia 6 de maio.
A presidente brasileira avançou ontem que o processo de impeachment que está a enfrentar “é um golpe contra tudo” aquilo que foi conquistado pelo PT. Durante o discurso, Dilma acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, chamando-lhe corrupto. Dilma aproveitou ainda para acusar Michel Temer de dar “um golpe nos brasileiros”.
“Este impeachment que é golpe, na verdade, é uma tentativa de fazer uma eleição indireta por aqueles que não têm votos”, disse.
Dilma continua a afirmar que o que estão a fazer contra ela se trata de uma “injustiça”. “Sem crime de responsabilidade, este impeachment é um golpe, golpe do mais descarado”, acrescentou.