“Consultei os presidentes do Eurogrupo e da Comissão Europeia, e falei com o primeiro-ministro Tsipras esta manhã. Estou convencido de que ainda há trabalho a fazer ao nível dos ministros das Finanças”, disse ontem Tusk, sublinhando que é preciso “evitar uma nova situação de incerteza para a Grécia”, disse ontem Tusk.
Na última sexta-feira, já decorreu um Eurogrupo para discutir o terceiro resgate à Grécia, mas não houve acordo. O governo grego ficou de apresentar um ‘plano B’ com medidas de austeridade equivalentes a 2% do PIB. Este pacote de contingência soma-se a um primeiro pacote de medidas de austeridade, de 3% do PIB, que já estavam desenhadas desde Julho do ano passado. «Para nos dar uma confiança e segurança maiores, tanto no Eurogrupo como nos mercados e nos investidores, estamos a pedir esses dois pontos percentuais adicionais», justificou na altura Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo.
O Governo de Tsipras contesta esta imposição adicional de cortes orçamentais, e pediu a Tusk uma cimeira extraordinária, mas o pedido não teve acolhimento.
Atenas precisa de dinheiro até julho, caso contrário pode entrar em incumprimento. Há já sinais de que o país helénico está com dificuldades de tesouraria. Segundo o jornal grego To Vima, o governo grego ordenou vários organismos públicos que transferissem saldos de tesouraria para o banco central, numa decisão que abrange hospitais e agências que gerem o sistema nacional de saúde os serviços de emprego.
Uma medida semelhante foi tomada há um ano, no pico da crise grega quando Varoufakis era ministro das Finanças e entrou em confronto com o Eurogrupo.