Pela segunda vez este ano, António Casalinho vence um prestigiado prémio de dança internacional. O bailarino de apenas 12 anos, que estuda na Annrella – Academia de Ballet e Dança, em Leiria, venceu esta sexta-feira a categoria Juniores do Youth American Grand Prix, de Nova Iorque, uma distinção que, no entanto, apenas ontem foi divulgada.
A primeira vitória de Casalinho tinha acontecido no início deste ano, em Paris, na semifinal europeia deste mesmo Youth American Grand Prix. De resto, em 2014, também na perna europeia deste prémio, o jovem bailarino tinha conquistado o Hope Award-Grand Prix, uma espécie de prémio esperança para o melhor bailarino do concurso.
Nestas finais mundiais do Youth American Grand Prix, considerado, juntamente com o Prix de Lausanne, como as duas mais importantes distinções para jovens bailarinos, foram apurados dez portugueses. Destes cinco pertencem à academia Annrella, três ao Espaço Dança, do Porto, e dois ao Conservatório Nacional, em Lisboa. Isto num total de 4.000 candidatos oriundos dos quatro cantos do mundo. Das participações portuguesas, a escola de Leiria foi, sem dúvida, a que mais galardões atingiu: além de António Casalinho, o solista Francisco Gomes atingiu o top 12, o pas de deux protagonizado por Margarida Fernandes, de 10 anos, e António Casalinho, os mais novos em concurso, classificou-se no top 6 e duas das três coreografias da Annarella atingiram o top 12, entre 130 concorrentes.
Já este ano o nosso país tinha tido dois candidatos selecionados para a fase final do Prix de Lausanne. Margarida Canto e Castro Trigueiros, de 18 anos, e Alexandre Joaquim, de 15 anos, prestaram provas naquele que é considerado o mais antigo e prestigiado concurso de dança clássica a nível mundial.
Estas distinções não são, no entanto, novidade para as escolas de dança portuguesas. Nos últimos anos, de norte a sul do país, têm sido muitos os alunos – sobretudo de sexo masculino – a atingir estas competições internacionais e, muitas vezes, conseguirem vencer várias categorias. Foi o que aconteceu com Telmo Moreira e Marcelino Sambé, ambos ex-alunos do Conservatório Nacional, em Lisboa, atualmente a apostarem em carreiras internacionais, cujos primeiros passos foram dados, precisamente, nestas duas competições: o Youth American Grand Prix e o Prix de Lausanne.