O hexa-nº1 nacional desta especialidade está cada vez mais invencível e desta feita deixou a 9 pancadas de distância os 2º e 3º classificados, respetivamente Domingos Cardoso e Gonçalo Rodrigues.
Neste contexto, o grande rival acabou por ser o próprio campo e se em Rilhadas, a jogar em casa, venceu com 1 pancada acima do Par, e no Aqueduto de Paredes triunfou com 5 abaixo do Par, em Braga sentiu bem mais dificuldades e impôs-se com 10 acima do Par.
Um resultado raro. Basta dizer que no ano passado os “scores” vitoriosos dos seis torneios disputados foram sempre abaixo do Par.
Há várias explicações para este facto, a começar por ser um campo novo. «O clube tinha um driving range e 6 buracos à volta, mas decidiu aproveitar o espaço do campo de treino para conseguir fazer um percurso de P&P de 9 buracos e fui lá homologá-lo em setembro do ano passado», explicou ao Gabinete de Imprensa da FPG Amadeu Ferreira, o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Golfe (APAG) e diretor deste 3º Torneio do Circuito P&P/FPG.
Amadeu Ferreira, recentemente reeleito para mais um triénio na presidência da Associação de Golfe do Norte de Portugal (AGNP), acrescentou ainda tratar-se de um traçado bem competitivo: «O campo está em muito boas condições, tem greens pequenos como deve ser no P&P, alguns deles elevados, é um campo sujeito a ventos e o vento fez-se sentir durante a competição».
Uma opinião que nos foi totalmente corroborada pelo vencedor: «É um novo campo muito competitivo e técnico, com greens muito pequenos e duros, parecidos com campos da Irlanda e da Holanda. Nenhum jogador se adaptou».
Depois, na sua própria conta de Facebook, Hugo Espírito Santo desabafou: «Um autêntico Championship P&P»! A “dose” das 10 pancadas acima do Par foi tal que, no dia seguinte, foi treinar à Quinta das Lágrimas, o palco do Campeonato Nacional de P&P deste ano, e desforrou-se com uma soberba volta de 7 abaixo do Par.
Mas, voltando ao novo percurso de Braga, tem uma característica interessante de cada buraco poder ser jogado de dois tees, um em relva natural e outro em relva artificial. A Comissão de Campeonato decidiu jogar de manhã dos de relva e à tarde dos de tapete, adicionando interesse à prova.
Para Hugo Espírito Santo essa diferença não se deve ter feito sentir muito porque assinou duas voltas de 59 pancadas para um agregado de 118 (+10), ao contrário do 2º classificado, Domingos Cardoso, a jogar “em casa”, que passou de 67 para 60. Já Gonçalo Rodrigues entregou cartões de 61 e 66.
Após a primeira volta, Hugo Espírito Santo só tinha 2 pancadas de vantagem sobre o seu pupilo Gonçalo Rodrigues e à tarde foi ao lado dele que jogou, acompanhado ainda por outra sua aluna, Francisca Alves.
Uma última volta agradável, que permitiu-lhe verificar a evolução em competição dos seus ateltas: «Tenho a certeza de que não faltará muito para que os meus alunos me vençam. Será o meu orgulho quando acontecer».
Hugo Espírito Santo deverá ter garantido o posto de nº1 no ranking final do ano de P&P, uma vez que este ano há apenas quatro torneios deste circuito. Para ele será agora ainda mais importante o título de campeão nacional que João Maria Pontes arrecada há dois anos seguidos.
João Maria Pontes que em 2016 passou a representar o Club de Golf de Miramar, já anunciou a intenção de voltar a jogar este ano o Campeonato Nacional. Em 2015 também tinha ganho o 3º Torneio do Circuito de P&P da FPG, porque foi disputado então no Oporto Golf Club que representava.
Este ano esta 3ª etapa foi para o Minho, uma novidade importante do calendário federativo, porque, como se pode ler na conta de Facebook do próprio clube, tratou-se da primeira vez que recebeu um torneio oficial da FPG, «sendo, por isso, mais uma etapa na afirmação do Clube Golfe Braga».
* Federação Portuguesa de Golfe