O português residente em França e nascido em Versalhes gosta de jogar no Royal Dar Es Salam, em Rabat, onde se sagrou vice-campeão em 2005, quando o torneio era apenas para convidados da família real marroquina e não contava ainda para o European Tour.
E apesar do Red Course se apresentar renovado e dos jogadores se terem confrontado algumas condições de jogo complicadas, as boas memórias deste percurso, de fairways estreitos, delimitados por muitas árvores, regressaram à mente de Lima, que somou 287 pancadas, 1 abaixo do Par após voltas de 72, 70, 73 e 72.
O antigo vice-campeão nacional chegou a andar muito perto do top-5, quando fez 1 birdie no buraco 15, o seu 4º birdie do dia, mas 1 bogey no 17 (também o seu 4º da jornada) fê-lo recuar para o 8º lugar, empatado com o australiano Kristopher Mueck.
Mesmo assim, um top-10 dá-lhe a qualificação direta para o torneio seguinte do European Tour, desde que seja uma prova de nível semelhante.
Efetivamente, o AfrAsia Bank Mauritius Open – que também conta para o Sunshine Tour, tendo Stephen Ferreira sido eliminado no qualifying – oferece um milhão de euros em prémios.
Estranhamente, Kristopher Mueck já aparece na lista de inscritos do torneio das Maurícias, enquanto o português não, mas tal poderá vir a verificar-se nos próximos dias.
O prémio de 35.550 euros que Lima embolsou hoje juntou-se ao de 3.149 que tinha auferido em fevereiro, na África do Sul, quando foi 57º empatado no Tshwane Open.
Dois cuts passados em dois torneios disputados na primeira divisão europeia é um bom registo, ao qual deve acrescentar-se mais um na única etapa do Challenge Tour que jogou, em Madrid, onde foi 46º empatado e amealhou mais 750 euros.
No início da temporada, Filipe Lima esteve a competir no Pro Golf Tour em Casablanca e registou um 5º e um 21º lugar, angariando mais 1.600 euros. Portanto, verificamos que os resultados têm sido razoáveis depois da operação às costas e depois da paternidade e até mesmo a falta de recursos financeiros de que padecia antes do ano começar poderá ter sido atenuada com estes primeiros cinco torneios de 2016.
Em termos de rankings, Lima é 155º na Corrida para o Dubai do European Tour e 118º na Corrida para Omã do Challenge Tour, mas a boa forma patenteada esta semana poderá levá-lo rapidamente a outros patamares.
Se para Filipe Lima o 43º Troféu Hassan II foi o seu segundo torneio do ano no European Tour, para Caroline Afonso foi mesmo a estreia no Ladies European Tour (LET), na 22ª Taça Lalla Meryem que se realizou no mesmo clube mas no Blue Course.
A luso-francesa de Biarritz não esteve mal e terminou no grupo das 41ª classificadas, com 297 (73+74+76+74), +9, que lhe valeu 3.087 euros. A campeã nacional amadora de 2006 surgiu assim pela primeira vez na Ordem de Mérito do LET no 77º lugar.
O Troféu Hassan II distribui 1,5 milhões de euros em prémios monetários e este ano fez-se história, pois pela primeira vez se acolheu, em simultâneo, no mesmo clube, um torneio do European Tour com outro do Ladies European Tour, a Taça Lalla Meryem, de 450 mil euros.
Os campeões foram a espanhola Nuria Iturros e o sul-coreano Jeunghun Wang. Para ambos tratou-se de um primeiro título nos respetivos circuitos europeus, mas foram carimbados de formas bem distintas.
Iturros deslumbrou com 65 pancadas no último dia para um total de 277 (-11), com cartões de 70, 72, 70 e 65, batendo por 6 a anterior líder, a inglesa Florentyna Parker, para merecer o cheque principal de 67.500 euros.
Já Wang precisou de ir a play-off e de meter 3 putts enormes no buraco 18 para derrotar no segundo buraco o espanhol Nacho Elvira (o principal rival de Ricardo Melo Gouveia no Challenge Tour de 2015).
Os dois jogadores tinham terminado empatados na frente só com menos 4 pancadas do que Lima, ou seja, 283 (-5), Wang com voltas de 71, 68, 74 e 70, e Elvira com cartões de 71, 71, 72 e 69. Wang recebeu 250 mil euros e Elvira 166.660.