O anúncio foi feito esta quarta-feira pela sociedade de advogados, envolvida no escândalo dos Papéis do Panamá. O processo deve-se ao facto do ICIJ ter divulgado a base de dados da empresa.
"Como empresa responsável e que respeita a liberdade de imprensa, temos tentado comunicar para evitar uma ação judicial. No entanto, o consórcio obriga-nos a iniciar ações legais para nos protegermos daqueles atos", explicou a sociedade panamiana, num comunicado citado pela Lusa.
A investigação, que está a ser feita por uma centena de jornais em todo o mundo a 11,5 milhões de documentos provenientes da Mossack Fonseca, revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos ou personalidades públicas.
Na segunda-feira, o ICIJ, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, disponibilizou dados sobre mais de 320 mil sociedades criadas em múltiplos paraísos fiscais, onde surgiram 246 offshores com ligações a Portugal, 300 pessoas ou empresas com um papel ativo nessas empresas e 40 intermediários.
Tal como avançou o i, na lista de entidades portuguesas com um papel ativo na constituição de empresas em paraísos fiscais aparece José Roquette. O empresário surge como acionista da ES Resources, uma offshore das Bahamas criada pelo Grupo Espírito Santo no âmbito dos negócios não financeiros.