Nuno Crato
Foi eleito para o conselho de diretores do prestigiado International Institute of Forecasters. Professor, matemático e investigador, é o primeiro académico português a ser escolhido para tais funções. Dando, aliás, continuidade à sua carreira internacional como especialista em modelos estatísticos e de previsão, nos EUA e outros países. E vale a pena recordar a política de rigor e exigência que impôs como ministro, no momento em que a Educação vive um clima de preocupante experimentalismo, desgovernação e bagunça. Por obra de um titular da pasta, principiante e sem autoridade política, que parece um subordinado de Mário Nogueira e da cartilha sindical.
Sombra:
Passos Coelho
É difícil compreender o auto-apagamento que vem fazendo da sua liderança do PSD e da oposição. E, em particular, o seu insólito silêncio nos debates quinzenais na AR com o primeiro-ministro. Do ponto de vista político, é um disparate, pois esses debates foram criados precisamente com o objetivo de dar visibilidade e palco de intervenção ao líder da oposição; e, na perspetiva da opinião pública, dá ideia de que ainda continua amuado e não assume a nova realidade governativa. Se o líder do PSD quer voltar ao cargo de primeiro-ministro – e reconheça-se que tem elevadas probabilidades de lá chegar a médio prazo – então é melhor meter as mãos na massa, dar a cara, ir à luta e não deixar para outros o que deve ser ele a enfrentar e liderar. De outra forma não chega lá.
Mário Centeno
Aí estão mais umas previsões respeitadas, desta vez da Comissão Europeia, a contradizerem no essencial o irrealismo cor-de-rosa dos cenários do nosso Dr. Pangloss das Finanças. Ninguém parece já acreditar no défice de 2,2% este ano ou no PIB a crescer 1,8%. Só ele, pelos vistos. E os ‘anexos secretos’ ao Programa de Estabilidade não ajudam nada à seriedade da imagem do Governo.
João Salgueiro
O que lhe terá passado pela cabeça para vir dizer que há mais três bancos, entre eles o BCP e a CGD, na linha para serem resgatados depois do Banif?! Lançou um alarmismo irresponsável, a confusão e um princípio de corrida aos depósitos, que teve de se apressar a desmentir. A vontade de protagonismo e de marcar a agenda não consente tudo. Em particular, este tipo de destemperos.