Esta investigação concluiu que as mulheres em Portugal aumentam “consideravelmente” de peso nos quatros anos que se seguem a um parto, em comparação àquele que tinham antes da gravidez.
"A prevalência de excesso de peso passou de 37% para 55%, o que reflete a falta de eficiência das recomendações para a sua manutenção durante e imediatamente após a gravidez", explicou Ana Henriques, uma das investigadoras do projeto, à Lusa.
O estudo refere ainda que a evolução do peso está muito ligada à satisfação que a mulher tem com a sua imagem corporal, isto é, as portuguesas que estão mais satisfeitas com a sua imagem, nos primeiros anos que se seguem ao parto, são aquelas que melhor controlam o seu peso.
Algo que afeta em particular as mulheres com um Índice de Massa Corporal (IMC) normal antes da gravidez.E quanto pior se sentirem com o seu aspeto físico, maior é a probabilidade de ganharem peso. “As mulheres com IMC normal antes da gravidez, que se sentem acima da sua silhueta ideal, têm mais do dobro do risco de virem a ter excesso de peso quatro anos depois do parto e mais do triplo do risco de virem a ser obesas do que as mulheres que se sentem satisfeitas com a sua silhueta”, acrescenta a investigadora.
Ana Henriques defende ainda que estes resultados comprovam o papel essencial que as questões psicológicas, entre as quais a perceção relativamente à imagem corporal, têm no controlo do peso.