Se passou o fim de semana a espirrar e com as vias respiratórias obstruídas, ainda não temos boas notícias para si.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), até à próxima quinta-feira os níveis de pólenes “vão estar em níveis muito elevados em Portugal continental, com exceção da região de Lisboa e Setúbal, onde se encontram em níveis moderados”. Nestas duas zonas, haverá predomínio, por exemplo, dos pólenes das árvores oliveira e sobreiro.
De acordo com o Boletim Polínico publicado na página da SPAIC, as populações de Trás os Montes e Alto Douro estarão mais sujeitas aos “pólenes dos carvalhos, oliveira e pinheiro, e das ervas gramíneas, azeda e tanchagem”. Já na região de Entre Douro e Minho, “predominam na atmosfera os pólenes dos carvalhos, oliveira e pinheiro e das urtiga”, entre outras. Na Beira Interior e Litoral, “vão sentir-se sobretudo os pólenes das árvores carvalhos e oliveira, e das ervas gramíneas, azeda, tanchagem, parietária e urtiga”.
As zonas do Alentejo e do Algarve “vão ser mais afetados pelos pólenes das árvores oliveira e sobreiro, e das ervas gramíneas, tanchagem, azeda e quenopódio”.
O SPAIC recomenda Quem sofre de alergias, sabe que estes alertas são bem-vindos dado que há algumas medidas preventivas que podem – e devem – ser tomadas nestas alturas.
Os especialistas da SPAIC recomendam às populações das zonas mais afetadas que mantenham, por exemplo “as janelas fechadas sempre que viajarem de carro”. Caso se desloquem de motociclo, os condutores devem utilizar capacete adequado. Ter as janelas de casa abertas durante concentrações elevadas de pólenes também não é uma boa ideia.
Por muito que o bom tempo, que promete chegar esta semana, seja apelativo, realizar atividades ao ar livre também deve ser evitado. “Passeios no jardim, cortar a relva, campismo e a prática de desporto na rua irão aumentar a exposição aos pólenes e o risco para as alergias”, explica a SPAIC.
Finalmente, é recomendado às pessoas que usem óculos escuros na rua, sendo esta “uma forma eficaz e prática de evitar queixas oculares, sempre que sair à rua”. Para os doentes já diagnosticados, é importante que tenham cuidado redobrado a cumprir as medicações prescritas porque esta continua a ser a “forma mais eficaz de combater os sintomas de alergia”.