Ricardo Santos em 33.º e Filipe Lima em 60.º. “Figgy” falha cut

Ricardo Santos conseguiu, pela segunda semana seguida, três voltas abaixo do Par, um sinal de que, aos poucos, o seu golfe está a regressar ao melhor nível, mas ainda não foi desta que alcançou um primeiro top-10 no Challenge Tour de 2015.

O agora nº3 português no ranking mundial continua a passar cuts em todos os (4) torneios que participa na segunda divisão europeia, mas a melhor classificação continua a ser o 15º lugar empatado no Open do Quénia, logo no evento de estreia deste circuito, em março.

Hoje, em Itália, obteve uma das melhores voltas da temporada, em 67 pancadas, 4 abaixo do Par do Golf della Montecchia, em Pádua, para subir 24 posições e terminar no grupo dos 33º classificados no Montecchia Open by Lyoness.

O algarvio converteu 6 birdies, mais do que nas duas voltas anteriores (2 na primeira e 3 na segunda), mas também foi mais perdulário, com 2 bogeys (tinha sofrido apenas 1 em 36 buracos).

Ricardo Santos totalizou 205 (69+69+67), -8, neste torneio reduzido a 54 buracos devido ao mau tempo e embolsou 1.825 euros.

Uma prestação positiva que, no entanto, não evitou mais uma queda na Corrida para Omã, pois iniciou a semana no 31º lugar e agora surge em 40º.

Filipe Lima tinha feito uma grande aposta neste torneio de 250 mil euros em prémios monetários, na expectativa de subir muito no ranking do Challenge Tour, e prescindiu mesmo de competir no Open das Maurícias, do European Tour, ao qual tinha direito depois do 8º lugar em Marrocos.

O português residente em França nem começou mal, com uma volta de 68 (-3) e juntou-lhe outra de 69 (-2), mas hoje, com 1 bogey no buraco 16, 1 triplo-bogey no 17 e 1 birdie no 18 (fez birdie todos os dias no 18), teve o seu pior registo do torneio, de 72 (+1) para tombar para o grupo dos 60º classificados, com 209 (-4).

Filipe Lima fez 14 birdies em 54 buracos, continua a mostrar-se agressivo, mas também deixou 7 bogeys e 1 triplo em três voltas.

O novo nº2 português ganhou 762 euros e na Corrida para Omã ascendeu apenas do 118º para o 115º posto.

Quanto a Pedro Figueiredo, ainda não passou um cut no Challenge Tour de 2016, em três torneios disputados. Desta feita ficou no 145º lugar, com 150 (+8), após duas voltas de 75.

O cut fixou-se em 4 abaixo do Par e o vencedor do Open de Montecchia (reduzido a 54 buracos devido ao meu tempo) foi o inglês Gary King, que precisou da magia de 1 birdie no 18, depois de ter ido parar a um bunker que ladeava o green, para bater por 1 ‘shot’ o francês Mathieu Pavon e o alemão Moritz Lampert.

Gary King colecionou 15 birdies e 2 eagles em três voltas para um agregado de 196 (64+63+69), -17.

O Montecchia Open by Lyoness foi também o segundo torneio do Italian Pro Tour 2016 e como este ano o Challenge Tour passa a classificar os jogadores com pontos em vez de recorrer aos prémios monetários, os amadores ganharam uma nova motivação, na medida em que podem começar a surgir nos rankings mundial e olímpico.

Foi nesse sentido que também se pode encarar a participação de Guido Migliozzi, que em fevereiro brilhou no Montado Hotel & Golf Resort, onde conquistou o Campeonato Internacional Amador de Portugal.

Para mais, Migliozzi atuou no “seu” campo que tão bem conhece e aproveitou para brilhar, arrancando um bom 24º lugar (empatado), com 204 (66+69+69), -9.

* Federação Portuguesa de Golfe

Fotografias de: Ricardo Lopes / PGA Portugal (Santos), Carlos Alves / United Photo Press (Lima) e Getty Images (King)