AArcoLisboa abre portas ao público a 26 e ficará na Fábrica Nacional da Cordoaria, em Lisboa, até dia 29. Um momento que, segundo Urroz, é ideal: «Há uma série de mudanças culturais que se estão a passar em Lisboa e em Portugal. Lisboa está a viver um momento mais dinâmico e há uma geração de jovens artistas portugueses que é interessante acompanhar», explicou o presidente da Arco numa conferência de imprensa que teve lugar esta semana, noSãoLuiz, e que contou ainda com Cristina Guerra, galerista e membro do comité organizador da ArcoLisboa, e Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC. É justamente este dinamismo alfacinha que faz com que a ArcoLisboa queira funcionar como uma espécie de organismo vivo, que não se esgota apenas no recinto da feira, mas antes interage com a cidade e os seus agentes, com uma programação paralela que inclui a visita a ateliês e exposições como a dedicada a Eduardo Batarda, com curadoria de JuliãoSarmento.
Para Cristina Guerra este é, de resto, o aspeto mais importante da vinda da Arco para Portugal. «Esta feira é importante para a divulgação da arte portuguesa, que não tem tido grande palco. Espero que tenha como resultado criar um mercado mais consequente, que entre outras coisas chame a atenção doEstado para a nossa arte e que ajude a que a lei do mecenato finalmente funcione. Se a Península Ibérica funcionar como um bloco isso vai ajudar-nos a internacionalizar a nossa arte». Para tal é fundamental o facto de, das 45 galerias presentes nesta Arco versão «boutique», 18 sejam portuguesas.