Não raras vezes – sublinhou ele – é nas geografias menos saturadas que surgem boas e muito rentáveis oportunidades para o investimento no imobiliário, oportunidades tão abertas às poupanças internas dos particulares como às aplicações financeiras de investidores institucionais, nacionais ou estrangeiros.
Subscrevo inteiramente esta opinião, válida por maioria de razões para as geografias nacionais onde o imobiliário se cruza com o Turismo confirmando o bom casamento entre estas duas atividades e não apenas no Algarve, na Região Autónoma da Madeira, em Lisboa ou no Porto, como temos a tentação de pensar.
Como dizia o Fernando Santos, a oferta de um imobiliário com valências turísticas e de um Turismo de qualidade não se esgota, felizmente, naquelas clássicas localizações portuguesas, outrora detentoras quase exclusivas dessa capacidade de atração de investimentos. Há mais Turismo residencial de qualidade a promover em Portugal.
Defendo a dama dele, ou seja, a Região Centro, o meu colega Fernando Santos lembrou o eixo Aveiro Leiria, que passa pela Figueira da Foz, um dos mais antigos destinos turísticos balneares do Portugal, sem esquecer o eixo Coimbra Viseu, nem a Serra da Estrela nem outras mais valias desta Região.
Eu acrescento que o Turismo e o turismo residencial a Norte não se esgota no Porto nem no Vale do Douro ou que a Sul o único destino seja o nosso magnífico Algarve. É impossível esquecer e ignorar, por exemplo, o Minho verdejante dos solares aristocráticos ou um Alentejo que se mostra, em crescente esplendor, como um dos bons destinos em Portugal.
A questão, como também foi levantado e debatido no Luso, com a presença de ilustres autarcas, de técnicos ligados ao turismo e gestores da banca, com destaque para os nossos patrocinadores da UCI, a questão é encontrarmos a melhor forma de promovermos esta oferta em regiões menos densamente povoadas valorizando-a como ela realmente merece.
Foi essencialmente isso o que fomos debater ao Luso num quadro de auto formação contínua, relevante para a formação laboral que as empresas estão obrigadas a proporcionar aos seus trabalhadores – é certo – mas também sentida como necessária para a consolidação das nossas formações iniciais. Tudo isto sempre com a vontade de recolocar o imobiliário português na primeira linha da ação concertada para a recuperação económica do país.
Num quadro de desenvolvimento sustentável, continuando a apostar na Reabilitação Urbana das nossas cidades com história e centros históricos atrativos e com a mentalidade aberta de quem quer reconstruir cidadanias.
*Presidente da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa