Foi em meados de Março que a gigante coreana lançou o seu modelo de topo num evento que antecedeu o Mobile Word Congress 2016.
Agora pudemos ‘brincar’ com ele e constatar o óbvio: é difícil de distinguir entre esta versão e a anterior no exterior. Neste novo S7 a Samsung manteve a qualidade e melhorou o que era possível… pormenores. O corpo ganhou uma melhor curvatura e ergonomia, que ajuda no manuseio, e na traseira a zona da câmara diminuiu o relevo. No conjunto é extremamente bem elaborado, e a liga metálica mais do que lhe dar um aspecto Premium, confere robustez. Já o vidro traseiro protegido por Gorilla Glass 4 na traseira apresenta um toque muito bom e até suave.
Na frente o ecrã de 5,1 polegadas, também protegido por Gorilla Glass 4, apresenta o típico contraste Samsung, com cores fortes e detalhes próprios. É um Super AMOLED Capacitivo com 16M de cores e utiliza uma das resoluções mais altas atualmente em circulação: 2560×1440.
Fazendo uso da tecnologia AMOLED, utiliza um novo modo de informação sempre visível, mesmo com o ecrã desligado, e permite visualizar horas, notificações e outros afazeres, acrescentando o facto ser personalizável entre relógio, calendário, ou mesmo bonecos, etc. Denominado Always-On, desliga todos pixels desnecessários, e em detrimento mínimo de consumo energético, consegue apresentar apenas a informação necessária para o utilizador.
Ainda na parte frontal destacamos o único botão físico. É um dois em um, já que serve o propósito de botão ‘home’, mas inclui o sensor de impressões digitais. Desta forma é saliente, o que pensamos ser para ajudar a leitura das impressões, e também o distingue dos botões não físicos retroiluminados. São ‘imagem de marca’ da Samsung, e sem hipóteses de personalização ou mudança.
Depois há o desempenho, rapidez. E é notório, o que mostra ter sido uma escolha acertada da marca no conjunto: processador Octa-core de 64Bits (constituído por um Quad-core 2.3 GHz Mongoose e um Quad-core 1.6 GHz Cortex-A53), uma gráfica Mali-T880 MP12 bem auxiliada por 4GB de RAM e armazenamento interno de 32GB. Há ainda uma versão de 64Gb que acrescenta capacidade, e mais preço.
Novidade, e falando em expansão, é a inclusão de um slot para cartão de memória. A Samsung conseguiu resolver esse handicap, e conseguiu incorporar no topo a entrada para microSD (permite expandir até mais 128GB), sem que, no entanto, tenha havido interferências no design.
A câmara era um dos pontos que mais curiosidade suscitava. Um dos atributos mais apetecidos nos smartphones, acrescentava dúvidas graças à escolha da Samsung, que em vez de optar por mais megapixels, reduziu para os 12mp (motivo da menor saliência traseira) ao invés dos 16mp do S6, adoptando uma melhor lente como solução. A lente, que ganhou uma abertura de f/1.7, passou a ter por isso uma maior importância e responsabilidade. Mas faz juz essa responsabilidade. Se por um lado temos cores bem vivas e contrastes durante o dia, à noite ‘vê-se’ o resultado dessa aposta. A sua capacidade para captar a luz em zonas de baixa luminosidade, versus pouco ruído é muito boa, excelente até. Há uma clara melhoria na imagem captada.
Mas temos de salientar não é só a lente e sensor, mas as novas tecnologias. Denominada Dual Pixel, tem a função de imitar o funcionamento dos olhos, e junta duas imagens, que tira em simultâneo, e junta para melhor a qualidade.
A câmara frontal também sofreu algumas alterações e as selfies gozam da qualidade do 5 MP, uma lente com abertura (também) de f/1.7 e com Auto HDR.
Outra boa nova é o regresso da norma IP68, o que significa que o S7 permite algumas incursões pela água e resiste ao pó. Devia ser obrigatório em todos os dispositivos, não apenas pelas brincadeiras que proporciona, mas pelos cuidados ou acidentes que se evitam. Não há riscos da lavatórios os banheiras, ou mesmo no bolso à chuva, e melhor, permite brincadeiras na piscina ou semelhantes e algumas fotos aquáticas.
Mas não tudo são rosas (lá diz o ditado), e perdeu algo. Já não há infravermelhos pelo que não permite controlar TV, box e afins. O fato é que a Samsung não utiliza neste seu topo de gama a porta USB-C, e apesar da não ser já um problema, na verdade é a aposta futura e o caminho que todos irão seguir… e até outros de escalão inferior já utilizam.
Outro ponto é o aquecimento. Não notamos qualquer quebras no desempenho, talvez pelo novo método (anunciado) que recorre a líquido vaporizado, mas deixa o bolso quentinho…
Curioso, e funcional, é o conversor de USB para Micro-USB incluído na caixa, que permite ligar ao S7 um vulgar pen, ou PC.
Resta lembrar que a sua bateria, outros dos pontos merecedores de atenção, que foi revista e apesar de ser mantida interna, ou seja, sem possibilidade de ser removida, viu a capacidade aumentada, com o S7 a atingir os 3000mAh.
Como nota final este é indiscutivelmente um smartphone de topo, mas tem concorrência de fora, e de dentro. Os maiores concorrentes Android jogam com câmaras duplas (excelentes), mas curiosamente achamos que o maior concorrente é da mesma casa, o S7 Edge. Além de partilhar quase a totalidade das especificações, acrescenta capacidade na bateria e totaliza 3600mAh, além daquele ecrã de topo, que ganhou novas aplicações e funcionalidades nos ecrãs laterais… por mais 100 euros.
A versão de 32GB tem um custo de 729,99 euros livre de operador e nas operadoras o custo será de 699,99 euros.