Isto justifica que tenha aceitado, com o apoio unânime de todas as associações empresariais da CIMLOP reunidas há dias em Maputo, a responsabilidade de mais um mandato à frente desta Confederação que representa entidades associativas e empresariais das atividades da construção e do imobiliário de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe e Timor, pugnando pela respetiva dignificação e desenvolvimento.
A CIMLOP é – recordo – uma confederação de direito privado, sem fins lucrativos, que tem como um dos grandes objetivos contribuir para a captação de investimento, nas áreas da construção e do imobiliário, nos países de origem dos seus membros, fomentando a partilha de negócios, através dos agentes da mediação imobiliária.
O grande desafio desta estrutura empresarial de cúpula é o de poder contribuir para o desenvolvimento dos negócios imobiliários dos países da lusofonia, sem perder de vista a necessidade de que tal desenvolvimento seja sustentável. Como sempre digo, a CIMLOP é um Instrumento de trabalho muito importante para a captação de investimento estrangeiro nos mercados imobiliários dos países de língua oficial portuguesa, tarefa que exige um cruzamento de informação com regras de transparência que só uma estrutura desta envergadura pode oferecer.
Não sendo a primeira vez que uma reunião desta importância teve lugar na cidade de Maputo, tendo como entidade anfitriã a Federação Moçambicana de Empreiteiros, foi para mim, como português, particularmente feliz que este encontro tivesse acontecido, por pura coincidência, poucos dias depois do Presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, ter sido ali recebido, numa das suas primeiras visitas de Estado, com um calor humano que ultrapassa o mero relacionamento diplomático.
Na penúltima reunião da CIMLOP, realizada em outubro do ano passado em Lisboa, os meus pares incentivaram-me a manifestar disponibilidade para assumir o novo mandato agora confirmado nas eleições realizadas no encontro de Maputo. Assumo pois o desafio de sempre num quadro que – temos de o reconhecer – continua a ser difícil neste universo dos países de Língua Oficial Portuguesa.
Por outra coincidência, o dia das eleições para um novo mandato na CIMLOP recentemente iniciado em Maputo, foi também o dia em que, no Brasil, a vida política registava uma alteração profunda também em nome de possíveis alterações económicas. Cito isto para lembrar que o setor imobiliário, nos padrões ocidentais de vida a que toda a Lusofonia pertence, é sempre um reflexo das sociedades onde se afirma, condicionando-se aos contextos dessas mesmas sociedades.
O imobiliário representa um dos pilares das economias de mercado e dos Estados Sociais. Isto torna este setor tão sensível e importante, como aliás o sabemos na CIMLOP, uma estrutura empresarial que não desiste de projetar a Língua Portuguesa como Pátria de Negócios também no Imobiliário.
*Presidente da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com