"Depois da época que fiz, saí do [FC] Porto sem saber porquê. Eu nunca pedi para sair. Nunca me explicaram porquê e isso custou-me um bocado porque é um clube que eu amo e um clube que respeito para sempre", afirmou o internacional português.
Quaresma falou também sobre a sua relação com o antigo treinador dos dragões, Julen Lopetegui: "Eu respeitava, como sempre respeitei toda a gente. Mas a verdade é que, mesmo não me querendo, fiz a época que fiz. E se calhar, se me quisesse, ainda fazia mais"
O jogador disse também que o pior que um técnico lhe pode fazer é “não ser sincero”. "Mais vale dizerem-me "vais ter dificuldades em jogar, mas vais ter a tua oportunidade" – e eu vou trabalhar sempre à espera dessa oportunidade – do que dizerem "és importante" e depois, por trás, andarem a minarem-me, a dar cabo da [minha] imagem", afirmou.
“Sou cigano, vim de um bairro… tenho essa fama”
Ricardo Quaresma falou também sobre a “fama” que possui no mundo do futebol.
"E eu nunca fumei, nunca bebi, nunca experimentei nada, nem tenho vontade de o fazer. Mas lá está… sou cigano, vim de um bairro… tenho essa fama", afirmou.
O jogador recordou também os momentos em que foi vítima de racismo: "Há muita gente que diz que não há racismo, mas infelizmente há pessoas que ainda olham muito a isso. E quando algo acontecia na escola, ou fora da escola, e se eu tivesse presente, não sei se me culpavam, mas que olhavam para mim de maneira diferente, [isso] olhavam. Por ser cigano, por isto, por aquilo… Não me diziam, mas eu sentia".