Foi a sua melhor classificação de sempre (e de um português) neste torneio que decorreu em East Lothian, na Escócia, com 630 jogadores de 50 países, entre os 5 e os 18 anos, distribuídos pelos campos de Gullane, Craigielaw, Luffness New, Longniddry e The Glen.
O jogador do Clube de Golfe de Vilamoura competiu no Luffness New, na prova masculina de sub-13, que contou com um total de 57 participantes e esteve todos os três dias de competição a ocupar a 3ª posição.
O campeão nacional de sub-12 somou 221 pancadas, 5 acima do Par, depois de voltas de 73, 74 e 74, ficando a 4 do 2º classificado, o finlandês Severi Soutolathi (72+73+72), e a 6 do campeão, o britânico Dominic Clemons (74+73+68), o único a terminar abaixo do Par.
Aos 36 buracos, “Kiko” estava empatado com o futuro vencedor, sendo de notar que o jogador de Cambridge é quase um ano mais velho do que o Lisboeta.
Nas suas participações anteriores no Europeu do US Kids Golf, Francisco Matos Coelho fora 33º em 2014 e 9º em 2015.
Recorde-se que no ano passado, em torneios deste circuito, quando ainda jogava nos sub-12, “Kiko” sagrou-se campeão no 1st. British Championship e no 1st. Venice Junior Open.
O 3º lugar no Europeu valeu a Francisco Matos Coelho a sua primeira chamada à seleção da Europa Ocidental que todos os anos defronta a equipa Internacional.
A competição chama-se European Van Horn Cup e a seleção Internacional venceu pelo quarto ano consecutivo, dispondo agora de uma vantagem de 6-3 no historial desta taça inspirada na Ryder Cup.
No entanto, o português venceu o seu confronto de pares, no qual esteve associado ao inglês Dominic Clemons, batendo no betterball o finlandês Severi Soutolathi e o norte-americano de Nova Iorque George Roessler, com o resultado de 5 abaixo do Par.
Pedro Matos Coelho, o pai e um dos treinadores do campeão nacional de sub-12, acompanhou-o à Escócia e relatou para o Gabinete de Imprensa da FPG o que testemunhou, num torneio que, segundo a organização, marcou a «primeira vez em que houve três dias de sol»:
«O Luffness New é um links de extrema exigência, com fairways muito estreitos, repleto de bunkers fundos e com um vento indescritível que tornava os greens num verdadeiro desafio. Em contrapartida, a temperatura esteve predominantemente amena e nunca choveu.
«O “Kiko” apresentou sempre um golfe muito sólido, apenas com alguns pequenos erros pontuais, que lhe custaram a vitória. Esses erros aconteceram sempre nos buracos mais fáceis. Fez um total de 6 birdies em todo o torneio contra 11 bogeys, em 54 buracos. É de assinalar também o facto de, nestas condições, de vento e greens muito ondulados, nunca ter feito mais do que bogey.
«A atestar a dificuldade do campo, diga-se que houve apenas dois resultados abaixo do par, ambos de 68 (-4). Curiosamente, foi o mesmo resultado que o “Kiko” tinha feito numa volta de treino combinada com o campeão do mundo de sub-12 de 2015, um amigo de outras andanças.
«O tipo de golfe praticado é completamente diferente do jogado em Portugal. Há buracos de Par-5 com 500 metros percorridos com drive e ferro-7 (o “carry” médio do Kiko com o drive é de 200 metros, pelo que é fácil imaginar a violência do vento e a orientação da relva nesse sentido). Noutros buracos é necessário jogar um wedge para cair a 20 metros do green e rolar. Os greens nunca têm pitchmarks, pura e simplesmente não "recebem bolas”. É outro golfe, são outros desafios, é uma experiência imperdível.
Foi uma honra para o Kiko representar a equipa da Europa Ocidental e fazer-se ouvir o nome de Portugal. Aqui, teve como caddie o seu grande amigo e homólogo campeão nacional italiano Pietro Pontiggia. Foi mais uma experiência intensa de golfe, respeito, classe, amizade e competição.
«Agradeço a quem tem-no apoiado na sua evolução: a Federação Portuguesa de Golfe e a sua seleção nacional, o Clube de Golfe de Vilamoura, os profissionais Joaquim Sequeira, Hugo Santos e António Dantas (que acompanhou o seu início na Penha Longa)».