O suspeito de ter assassinado a deputada trabalhista britânica Jo Cox tem ligações a um grupo neonazi com base nos Estados Unidos.
A informação é avançada pelo Southern Poverty Law Center, uma organização não-governamental de defesa dos direitos cívicos, refere o Washington Post.
O indivíduo, Thomas Mair de 52 anos, foi detido pelas autoridades pouco tempo depois do ataque. Segundo testemunhas do crime, gritou “Britain First”, o nome de um partido de extrema-direita que quer banir a prática do islão dentro do Reino Unido e defende também a saída do país da União Europeia.
A deputada, de 41 anos, estava a sair da biblioteca do seu círculo eleitoral (Batley and Spen, West Yorkshire), quando foi alvejada e esfaqueada. Morreu no hospital horas depois de ter sido atacada. Deixa duas crianças pequenas.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, suspendeu a campanha em defesa da manutenção do Reino Unido na Europa até ao fim da semana. “Estamos de luto e suspendemos todas as atividades de campanha até ao fim de semana como símbolo de respeito”, disse Corbyn. “O ódio nunca resolverá problemas. A Jo acreditava nisso”.
O marido da deputada e antigo assessor político do ex-primeiro-ministro Gordon Brown, afirmou que vai, em conjunto com os amigos e a família de Jo, “lutar contra o ódio que a matou”. “Ela quereria agora, acima de tudo, duas coisas: que os nossos queridos filhos fossem muito amados e, em segundo lugar, que nos uníssemos todos para lutar contra o ódio que a matou. O ódio não tem um credo, raça ou religião, é venenoso”, escreveu Brendan Cox em comunicado.