Quem gosta de futebol conhece Diego Maradona. E se o leitor o conhece, assim que ler "Mão de Deus", lembrar-se-á do golo que o argentino marcou à Inglaterra com a mão. Esta terça-feira comemoram-se 30 anos dessa partida inesquecível, mas se o golo polémico de Maradona pode irritar alguns – especialmente os ingleses – o que o argentino fez quatro minutos a seguir, é consensual: recebeu um passe de Enrique "El Negro", e fintou cinco jogadores até às redes adversárias defendidas pelo guadião Peter Shilton, que também foi ultrapassado.
115 mil pessoas nas bancadas do Estádio Azteca no México assistiram a este "golo sonhado", como Diego disse em entrevista ao canal "ESPN". Os argentinos acabariam por vencer por 2-1, mesmo depois de Gary Lineker reduzir, e seguiriam para as meias-finais. Venceram a Bélgica (2-0), e depois a Alemanha na final (3-2).
Esta verdadeira obra-prima do futebol, considerado o "golo do século" pela FIFA, ficará para a história, assim como a "Mão de Deus", que, pelo menos para o selecionador da Argentina na altura, Carlos Bilardo, "terá sido sempre marcado de cabeça", como escreveu no diário espanhol "Marca". Sir Bobby Robson, selecionador inglês naquele Mundial, pennsou de forma diferente no final desse encontro: "Não foi a mão de Deus. Foi a mão de um malandro. Deus não teve nada a ver com aquilo".