A Thyssenkrupp convidou-nos a visitar as suas instalações em Massamá para ‘brincarmos’ aos elevadores. Foram ‘aventuras’ animadas e conversas quase informais que nos permitiram conhecer melhor este mundo dos elevadores.
Na realidade, ficamos a conhecer um pouco de história, algumas novidades, mas sobretudo o que a marca disponibilizará no stand da feira Maker Faire, que patrocina e marca presença. Esta feira, grátis, ocorre entre os dias 25 e 26 de Junho no Pavilhão da Ciência em Lisboa, e é o certame de eleição para entusiastas de tecnologia, artesãos, mecânicos, cientistas ou curiosos, uma feira devota a mostrar invenções, criatividade e ideias. Um lugar único com ideias que podem, aspiram a vingar no mercado. E junta a diversão para crianças.
E aqui a Thyssenkrupp não foi inocente. Aproveitou a temática para, através de uma conjuntura de ideias, desenvolver jogos didáticos para ensinar crianças, e elucidar adultos. Há um misto entre organização, funcionamento e eficiência energética. E a ‘brincar’. A marca teve a inteligência de criar um espaço que convida ao desafio, que concilia a diversão e testes às capacidades dos pequenos, graúdos, amigos e familiares. Todos! O motivo era ensinar, entreter e mostrar a tecnologia que a marca desenvolve, e a maneira hábil de a usar. Nós aqui testamos e, não correu mal, algumas viagens a mais, mas uma boa forma de testar aplicativos.
Começamos pelo MONTE UM ELEVADOR, um jogo que permite ser engenheiro por um dia, e perceber as peças, usando a lógica, que necessita um elevador para funcionar… mas com rasteiras. Há peças soltas que têm de ser montadas seguindo a lógica de um elevador, do que o compõe, do que necessita para executar a sua tarefa.
Outro jogo foi o CÉREBRO DA MÁQUINA, um maneira simples que, mais do que arrastar dedos no ecrã e criar recordes de movimentos, permite gerir, perceber o conceito de um conjunto de elevadores. Não é só viajar do ponto A ao B, mas optimizar viagens, carregar o máximo de pessoas possíveis com o mínimo número de viagens em três elevadores. Funcionamento versus viagens e consequente eficiência energética.
Para os mais desportistas, uma bicicleta ligada a um PC e monitor permite gerar energia, convidando a desafiar a lei da gravidade da cabine do elevador. O intuito é mostrar a energia necessária para que o elevador execute o percurso. E há recordes a pedalar.
Estes jogos fazem parte da estratégia da Thyssenkrupp em mostrar as valências de um elevador, do papel fundamental que executa no dia a dia e a sua necessária evolução. E começa por aí, 160 anos de funcionamento em que, e na gíria, tudo não passa de uma caixa com cabos. Pouco mudou.
A marca quer mudar esse paradigma e começa pelo ‘parque’ de elevadores já existentes. Pretende dar outro sentido ao elevador tornando-o inteligente. Com a designação MAX, o novo serviço da marca passará por criar uma rede de informação online para optimização dos serviços. É uma nova realidade baseada na Cloud. Este serviço, já presente em alguns países (EUA, Espanha, etc), tira partido da rapidez e potencial da Internet.
Os novos elevadores (e os actuais que sejam compatíveis e estejam incluídos no plano de manutenção) incluirão uma nova ‘caixa’, que recolherá todos os dados dos sensores e sistemas. Estes dados são armazenados na cloud e posteriormente analisados, com sistemas de aviso ou alertas para a necessidade de manutenção ou reparação. Permite ainda a interação com smartphones ou tablets, e em caso de intervenção, pode indicar ao funcionário de operações onde e como, tutoriais in loco. Este modo permitirá melhorar as suas operações e oferecer manutenção rápida, preditiva e até mesmo preventiva.
Mas havia mais. A marca apresentou-nos novas tecnologias, e apesar de ainda estar apenas nos óculos de realidade virtual, é a tecnologia necessária que despoleta em 2017. É o resultado da exigência de novos conceitos aliados às novas necessidades como a evolução urbana, o novo design das habitações, ou as exigências do crescimento e o aproveitar dos espaços nas grandes cidades. Aqui não há limites… apenas no cabo (que sustem o elevador). A nova tecnologia permite aos elevadores mover-se na horizontal e vertical, sem limitação de altura, permitindo uma série de novas aplicações e possibilidades do ponto de vista arquitetónico. Além de que evita a incómoda mudança de elevador pela altura, ou nível que pretendemos. Um só elevador que percorre o trajeto.
A marca exemplifica da melhor maneira no complexo Metro em Londres. De modo virtual, frisa a necessidade tão díspar de estações que lidam com 95 milhões de passageiros por ano, e onde a plataforma mais profunda é a 58 metros abaixo do nível da rua. A necessidade atual exige diferentes poços de elevador, tempo, paciência e pernas para nos deslocarmos.
A solução passa pelo MULTI, um elevador que agrega tudo, funcionalidade, direção, rapidez e eficiência energética. Assume-se como solução, a evolução necessária e para responder às necessidades dessas infra-estruturas complexas, que conectam várias linhas ferroviárias sobrepostas, e em diferentes níveis. O utilizador entra e só sai no nível pretendido. É pioneiro, e resolve estas necessidades com levitação magnética. É o primeiro elevador do mundo horizontal/vertical que pode literalmente abrir novas direções de viagem em centros de transportes subterrâneos. Esta diferenciação é possível pelo recurso à tecnologia maglev do Transrapid, que utiliza forças atrativas e repulsivas do magnetismo através do uso de supercondutores. Não há frição ou barulho, e permite um incremento de até 50% na quantidade de passageiros por viagens. É a optimização do serviço.
Já há unidades em teste, e uma Torre de Testes da Thyssenkrupp em Rottweil, onde toda a tecnologia está a ser testada e assegurada. A apresentação está anunciada para meados de 2017. Nota que a marca premeia o melhor ‘geek’, engenheiro, mecânico, cientista ou curioso da feira Make Faire com uma viagem a Rottweil para ver em primeira mão o lançamento desta tecnologia.