Jean Claude-Juncker quer o Reino Unido formalmente separado da União Europeia “o mais cedo possível” para que a Europa se possa unir rapidamente em torno dos restantes 27 Estados-membros.
O presidente da Comissão Europeia respondeu apenas “não” quando foi questionado se este poderia ser o início do fim do projeto europeu. “Esperamos que o Reino Unido possa ser um parceiro próximo da UE no futuro e esperamos que formalizem a proposta a este respeito e o acordo deve defender os interesses das duas partes”, disse em referência à ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que prevê que um Estado-membro possa iniciar um processo de saída.
Mas Juncker defende que isso deve ser feito “o mais depressa possível, por mais doloroso que o processo possa ser”. Algo que choca com a declaração de David Cameron, que anunciou que abandonará a liderança do governo britânico até outubro e defendeu que deve ser o novo primeiro-ministro a liderar o processo de saída negociada com Bruxelas.
Já quanto à possibilidade de voltar a haver uma negociação capaz de reverter a decisão do referendo, o luxemburguês repetiu duas vezes a frase “não haverá renegociação”.