O corpo do militar português que foi para a Síria para combater o Estado Islâmico (EI) chega amanhã a Portugal. Segundo a revista Sábado, o funeral realiza-se no dia seguinte, domingo, em Portalegre.
Mário Nunes morreu no dia 3 de maio, na Síria, num acidente de viação, refere o Correio da Manhã – inicialmente, pensava-se que tinha sido executado pelo EI. Era a segunda vez que o português, alistado nas Unidades de Proteção Popular (YPG em curdo), estava no país como voluntário a combater o grupo terrorista.
Da primeira vez, em 2015, o militar desertou da Força Aérea para partir para a Síria e combater o EI. Depois de quatro meses na linha da frente, regressou à Europa em junho, numa altura em que a luta estava parada. O segundo regresso deu-se no início deste ano.
"Eu e os outros voluntários preferíamos morrer ou sermos feridos a não fazer nada [contra o EI].", explicou o militar, numa entrevista à Sábado.
O seu corpo esteve desde maio num hospital local. Só na quarta-feira, dia 29, é que foi levado para Erbil, capital do Curdistão iraquiano, tendo sido recebido pelo cônsul honorário de Portugal. Foi a partir da cidade que foi feito o transporte aéreo para Portugal.
Em maio, a família ainda fez uma recolha de fundos para conseguir trasladar o corpo de Mário para Portugal – segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, teria um custo de 10 mil euros. A recolha de fundos acabou por ser suspensa este mês, depois de um representante do YPG na Europa informar que a organização iria pagar todas as despesas do funeral.