Sim, as portas desta décima edição do Alive abriram às 15h. Mas para nós esta edição do festival arrancou com Bob Moses, às 19h30. E ficámos com a sensação que, para muita gente, também. Apesar de, no palco NOS, agora rodeado por relva artificial, tocarem em simultâneo os Biffy Clyro – que conseguem ter uma franja interessante de seguidores em Portugal – foi a dupla Tom Howie and Jimmy Vallance que realmente aqueceu a plateia. E conseguiu levar até ao palco NOS Clubbing uma verdadeira enchente dançante.
Já aquando da sua anterior passagem por lisboa, no Lux, a dupla do Canadá tinha deixado a sala rendida a seus pés com a sua sonoridade de raiz electrónica mas onde um baixo poderoso confere um corpo e uma sensualidade que os distingue de outros projetos semelhantes.
No Alive provaram que tanto sabem estar numa pequena sala escura e convidar-nos a uma viagem intimista, como tomar de assalto um palco de um festival de grande escala, em plena luz do dia – com direito a braços no ar, gritinhos entusiasmados aos primeiros acordes de cada tema e até os ocasionais "Come on Alive!" e "Thank you Lisbon".
É música que anima, que relaxa e conforta em simultâneo. Daquelas que faz bem. Todos os dias.