Os números não deixam margem para dúvidas. A décima edição do NOS Alive foi a mais internacional de sempre. “O NOS Alive é hoje um festival mundial”, disse Álvaro Covões, o diretor da Everything is New, promotora do festival.
Ao longo dos três dias bastava circular pelo recinto para ouvir falar outras línguas – o inglês sobretudo. Já se adivinhava que viesse a ser este cenário, sobretudo quando órgãos de comunicação internacional de referência, como é o caso da CNN, destacaram o festival que ocupa o Passeio Marítimo de Algés como um dos melhores da Europa e, em alguns casos, até do mundo.
A par de fenómenos já bem estabelecidos – como Coachella ou Glastonbury – o Alive tem vindo a subir no ranking de popularidade internacional. Para tal, este ano, não terá sido alheio um cartaz de luxo, onde o destaque óbvio vai para os Radiohead e os Arcade Fire. Os primeiros não tocavam em Portugal há quatro anos – a última vez foi também no Alive – e, além disto, estão a apresentar um novo álbum, “A Moon Shaped Pool”. Já os segundos, apesar de não terem um novo trabalho, têm andado afastados dos palcos, sendo portanto este concerto uma oportunidade raríssima para os vermos.
Ainda assim, e apesar de pela primeira vez o Alive ter esgotado os três dias, com um total de 165 mil pessoas a passarem pelo recinto ao longo dos três dias, Álvaro Covões defende que o sucesso desta edição não é sinónimo de que a organização possa descansar: “Não podemos baixar os braços. Se ficarmos convencidos que somos os maiores vamos morrer na praia. Isto é muito difícil e temos sempre de trabalhar muito, conseguir um bom cartaz em primeiro lugar e depois trabalhar muito na divulgação, nacional e internacional. Tenho um orgulho gigantesco naquilo que fizemos aqui este ano”.
O NOS Alive tem regresso marcado para os dias 6, 7 e 8 de julho de 2017.