Não é só o coração de milhões de portugueses que está cheio graças à conquista do título europeu pela seleção das quinas. Os bolsos dos jogadores portugueses também estarão, pois a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai pagar a cada um dos novos campeões da Europa um prémio monetário a rondar os 250 mil euros – igual ao que estava acordado para o Euro 2012, em que Portugal foi derrotado nas meias-finais pela Espanha –, como avançou inicialmente o “Diário de Notícias”.
E esse valor pode aumentar, pois o lote de 23 escolhidos do selecionador nacional Fernando Santos recebeu diariamente da FPF cerca de 800 euros, tal como tem acontecido nas últimas competições. Estes valores só serão pagos a partir dos quartos-de-final. A fase de grupos e os oitavos-de-final não deram qualquer tipo de recompensa.
Fazendo as contas, percebe-se que a federação liderada por Fernando Gomes terá de desembolsar alguns milhões para os seus atletas. Multiplicando os valores diários pelos 23 mais os 250 mil euros de prémio, chegamos a um valor perto dos sete milhões de euros. E porquê? Porque Portugal ganhou, claro está. Só não se sabe para já quanto receberá o eng.o Fernando Santos e a restante equipa técnica.
No que diz respeito ao valor que a FPF vai receber da UEFA, as contas são um pouco diferentes. Para este Campeonato da Europa, o bolo financeiro estava fixado nos 301 milhões de euros – em 2012 foram 196 milhões de euros. Cada uma das 24 seleções terá direito a oito milhões de euros. A federação portuguesa, só por ter disputado a final, vai receber precisamente esse valor, o maior de sempre conseguido pela seleção nacional nesta prova.
A vitória rendeu 25,5 milhões de euros à FPF – se somarmos toda a participação em França. A fase de grupos terá sido a menos “rica” para os cofres portugueses: estava estipulado um milhão de euros por vitória, mas a seleção empatou todos os jogos, logo recebeu 500 mil euros. Nos oitavos, Portugal encaixou 1,5 milhões de euros; nos quartos, 2,5 milhões; e nas meias mais quatro milhões de euros.
Algumas seleções divulgaram qual o “preço a pagar” a cada um dos seus jogadores – se vencessem, algo que não aconteceu. Os espanhóis, bicampeões europeus, receberiam 340 mil euros se repetissem o feito de 2012, sendo a sua federação a que mais dinheiro gastou. Os alemães, campeões mundiais em 2014, que foram eliminados pelos franceses nas meias, tinham previsto um valor perto dos 300 mil euros – o mesmo que ofereciam os franceses, anfitriões da prova.